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30 junho, 2006

A Filosofia do Futebol
Do departamento de frases feitas

“Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.” – Neném Prancha, ex-roupeiro do Botafogo

“Treino é treino, jogo é jogo.” – Didi, bicampeão de 58 e 62

“Clássico é clássico e vice-versa.” – Jardel, ex-Grêmio

“O difícil, como vocês sabem, não é fácil.” – Vicente Matheus

“É meu amigo... Brasil e Argentina é sempre Brasil e Argentina.” Galvão Bueno

“A partir de agora meu coração tem uma cor só: Rubro-negro!” – Fabão, ao ser contratado pelo Flamengo.

“Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe.” – Jardel

“Nem que eu tivesse dois pulmão eu alcançava essa.” – Bradock, amigo de Romário, reclamando de um lançamento longo.

“Tô sentindo uma figada na pantuvilha...” – Camillo, ex-zagueiro do Santos, deixando o campo e apertando fortemente a coxa.

“A bola ia indo, indo... e iu!” – Nunes, ex-centroavante do Flamengo

“Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo e chutei pro gol.” Jardel

“Se dé, dé, se num dé, num dé!” – Rivellino, comentando Argentina X Camarões, 1990.

“Haja o que hajar o Corinthians será campeão.” – Vicente Matheus

“Assinar, ainda não assinei, mas já acertei tudo bocalmente...” Pitico, ex-Santos, perguntado pela esposa se já tinha assinado a renovação do contrato

“O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável.” – Vicente Matheus, desmentindo boatos sobre a venda do Sócrates

“Jogador tem que ser completo como o pato, que é um animal aquático e gramático.” – Vicente Matheus

“Isso aqui até parece um cardume de abelhas!” – Edson Ampola, ex-Santos, ao ver Pelé cercado por garotos pedindo autógrafos

“Se eleito, prometo apedrejar todas as ruas da cidade...” – Mingão, volante do Noreste de Bauru, num comício como candidato a vereador

“Meu clube estava à beira do precipício mas tomou a decisão certa: deu um passo à frente!” –
João Pinto, do Benfica de Portugal

“No México é que é bom. Lá a gente recebe semanalmente de 15 em 15 dias.” – Ferreira, ex-ponta do Santos

“A falha individual é do coletivo.” – Wanderley Luxemburgo

“Se entra na chuva é pra se queimar.” – Vicente Matheus

“Chego de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da VARIG.” – Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama mandado a família quando em excursão à Europa

“Quero agradecer a Antarctica pelas brahmas que nos enviou...” – Vicente Matheus

“Graças a Deus tive sucesso tanto na minha vida futebolística quanto na minha vida humana...” – Nunes

“Nosso mais novo reforço para compor a zaga é o Quero-Quero.” – Vicente Matheus, referindo-se à contratação do lateral Biro-Biro.

“O maior general da França é o General Eletric.” – Idem

“Nunca me senti tão mal hoje como agora...” – Narciso, ex-lateral da Portuguesa Santista.

“Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo Nasceu.” – Claudiomiro, meia do Inter, ao chegar em Belém do Pará, para uma partida contra o Payssandú.

“A partida só acaba quando termina.” – Neném Prancha


 

26 junho, 2006

Síndrome de Kate Lyra
Por Fran Pacheco

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O primeiro caso registrado desta afecção tropical foi amplamente divulgado pelo “Planeta dos Homens” (R. Globo, circa 1980). Pode-se considerar como “paciente zero” uma fogosa, (ainda que um tanto desprovida de carnes) pesquisadora, compositora, atriz, cônjuge do Carlinhos Lyra e, last but not least, peladona da Playboy: Mrs. Kate Lyra (née Katherine Lee Riddell Caughey). Foi ela a primeira a suspirar, com carregado acento yankee: “Brasileiro é tããão bonzinho!”

De lá pra cá, o flagelo se espalhou sorrateiro, incontrolável, atingindo milhões de brasileiros em sua forma ativa (a de ser bonzinho) e uns tantos privilegiados em sua forma passiva, a de receber o afeto que se encerra em nosso peito juvenil. Desnecessário dizer que a forma passiva é altamente benigna. Que o digam pacientes notórios, felizes da vida, como Pimenta Neves, Luís Estevão, Coronel Ubiratan do Carandiru, Ângelo Calmon de Sá, Salvatore Cacciola, e vasta e sortida alcatéia. Ainda hoje, curtindo o exílio e os milhões de dólares doados pelo Banco Central, Don Caccio tem acessos severíssimos de riso até suspirar, contemplando o pôr-do-sol no Mediterrâneo: “Ma brasiliano é tanto buono!”

Do lado ativo, altamente maligno, a epidemia de altruísmo tupiniquim já atinge 45% dos eleitores, segundo o último boletim do IBOPE, ensandecidos para agraciar, em 1º turno, o PT com mais quatro anos de fortes emoções. Parece repetir-se assim o surto de benevolência que reelegeu FHC em 98 – e sem perspectiva de qualquer tipo de vacinação.

Pela evolução do quadro clínico, o atual e futuro Prefidente se tornará um caso raro de paciente bipolar, transitando com todo gingado da ativa pra passiva. Além de ser bonzinho a não mais poder (Evo Morales, Delúbio Soares, vagadundos do MST e mensaleiros em geral que o digam), Lula mal sabe o que fazer com tanta cordialidade de seus súditos. Sua única esperança de extravasar é a criação de um centro de terapia em grupo, onde ele e outros companheiros cheios de graça possam se abraçar e gritar, a plenos pulmões, aquilo que andam sussurrando pelas alcovas do poder: “Brafileiro é tããão bonfinho!”


 

24 junho, 2006

O copo: modos de ver
Por Fran Pacheco

Para o governo, o copo está meio cheio (por obra e graça da atual administração), mas no fundo isso é ruim: poderia haver mais para meter a mão. Para a oposição, o copo está meio vazio (culpa do governo), mas no fundo isso é bom: ainda resta algo pra meter a mão. Para os tecnocratas, não é que haja escassez água – o que existe é excesso de copo. Para a turma do abafa, melhor é esperar a sujeira decantar para o fundo do copo. Para o Fisco, a água do copo nunca será o bastante para matar a sede do Leão. Para os sem-terras, o copo deve ser depredado. Para os neoliberais, o copo deve ser privatizado a preço de banana, mas com direito a vultosa comissão. Para os investidores, o copo pode e deve ser comprado, desde que o BNDES pague a conta. Para George Soros, a aposta é que o copo vai quebrar. Para o Prefidente, o copo é a medida de todos os porres (e o bafômetro é o sistema métrico). Para os radicais de esquerda, o povo é livre para fazer com o copo o que eles, os radicais de esquerda, bem entenderem. Para os radicais de direita o copo não tem água benta o bastante. Para os conoisseurs, o copo é inadequado para a bebida, daí a necessidade de despachá-la para copos suíços. Para o povaréu está reservado o suor do copo. Para os conservadores, já não se faz mais copos como antigamente. Para os conformistas, o copo sempre foi assim e assim há de ser. Para os idealistas profissionais, é possível um dia transformar o copo, negócio é saber quanto eles vão levar nessa. Para os éticos de fachada, da água do copo eles nunca beberão, mas quando bebem, ah... que voracidade. Para a imprensa marrom, tempo bom é tempestade no copo d’água. Para os líricos, o copo é um copo é um copo. E para a onça, cada vez mais sedenta, difícil mesmo é esperar a hora de beber dessa água.

 
Matematicamente falando...
Gana é a seleção com menor média de idade da Copa do Mundo (25 anos). Porém... como a expectativa de vida por lá anda na faixa dos 56, podemos ficar tranqüilos. O que vamos enfrentar é praticamente um time de senhores de meia-idade.

 

23 junho, 2006


 

19 junho, 2006

Boas previsões da meteorologia para o jogo contra o Japão de Zico. A temperatura no pé do Galinho anda batendo todos os recordes negativos nesta Copa.

 

16 junho, 2006

Antes que eu queime a língua
Por Fran Pacheco

Teriam os craques brasileiros se apequenado na Copa?

Não há escapatória possível neste mundo que virou uma bola murcha (Adidas, modelo “teamgeist”). O mundo parou (que o diga a Varig), virou um interminável replay de um intragável “fairplay”, com anúncios no meio. Saudades do tempo em que a geral gritava “Porrada! Porrada!” no Maracanã e o Almir partia sozinho, do alto de seu 1,60m pra baixar o sarrafo em meio time do Bangu. O Almir morreu com um tiro na testa, mas isso eu conto depois. Agora é tempo de agonia. Estamos nas mãos da FIFA. Para usar a expressão “Copa do Mundo”, neguinho tem que pagar (já que falei, pode mandar a conta pra quadra 16 do Cem. S. João Batista). Talvez um ou outro homem-bomba no Iraque esteja por fora do lance e ainda faça o seu mister, já que o escrete iraquiano está concentrado em Guantánamo. O ex-intelectual Pedro Bial mostra que 6 edições de Big Bosta Brasil deixaram seqüelas e se supera como o maior enchedor de lingüiça de sua geração: suas reportagens são todas em câmera lenta. Até Parreira o Bial mostrou em câmera lenta, analisando poeticamente (acho que essa foi a intenção) o andar, os olhares e a ruminação do muar mais bem pago do país (certamente o Prof. Parreira ganha mais que o presidente). Ronaldinho Gaúcho não se conforma: “mas nos comerciais eu jogava tão bem...”. Irmão Paulo quer distância do assunto, ainda está muito abalado com aquela derrota para o Uruguai em 50... Stella virou bobby soxer do infante Kaká, chutando pra corner a devoção exclusiva ao Heleno de Freitas (Botafogo, idos de 40)... Hedôzinha já se arrancou pra Gay Pride em Sampa. Quem está levando mesmo a melhor é o Cecezinho, curtindo umas de Garrincha e ajudando a aumentar a taxa de fertilidade européia.

Meu desbundado chapinha Torquato manda uma lembrança, material de primeira, tipo do-it-yourself que enrolo com denodo. Entre um trago e outro a coisa me faz refletir: é isso aí, bicho, podes crer. Ponho pra tocar no 3 em 1 o “Loki”. Mas logo logo começo a ouvir o canto do Uirapuru e me desligo dessa “hola” global. Se é pra falar de lixo, vamos ver quem tá mais ligado na parada:

Em 1960 e quebrados, um gerente de cinema de Seul achou a duração do filme “A Noviça Rebelde” execessiva e diligentemente, cortou todas as cenas de música... Nascido por volta de 1800 e lá vai fumaça, Juan Baptista dos Santos era um cubano boa-pinta, que possuía dois membros viris, um par de pernas sobressalentes, grande capacidade mental e, dizem, um furor sexual anormal, que o levou, numa de suas excursões a Paris, a ter um caso com a famosa cortesã Blanche Dumas (que por sua vez tinha 2 vaginas e 3 pernas)... O nome mundial do carro que por aqui se chamou Corcel era “Ford Pinto”, mas mudaram antes de sair anunciando “compre um pinto novo em suaves prestações”... Fazendo as contas, na Bíblia, Jeováh matou mais gente que Stallone, Schwarzenegger, Cabo Bruno e George Bush juntos, inclusive numa dessas, a Humanidade inteira (exceto Noé e a parentada)... O conceituado Britsh Journal of Addiction (agosto/92) descreve três casos altamente incomuns do chamado “Vício de Cenoura”, esquecendo-se, notavelmente, de citar Mário Gomes....

Podia continuar, mas a bagana tá nas últimas, o jogo da Argentalha X Oswaldo-Montenegro já vai começar e não tô afins de queimar a língua falando mal do Fenômeno. Uma lapada só que ele meter no gol e lá vamos ajoelhar e gritar: Caramuru! Caramuru! Ô vida besta, sô!


 

14 junho, 2006

Vende-se com urgência uma passagem da Varig. Motivo: viagem.
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Varig: uma empresa com os pés no chão.

 

13 junho, 2006

Brasi 1 X 0 Croácia - Apontamentos
Por Fran Pacheco

Em matéria de futebol, brasileiro adora reclamar de barriga cheia. E vazia também. Por isso não nego meu DNA tupiniquim e faço minha avaliação pragmática da partida: valeu pelo feriado. Queremos mais!
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O grande nome da partida: Parreira. Pra quem já tinha esquecido dos sofrimentos que ele nos impôs na copa de 94 (ganha pelo Baggio), o técnico provou estar em plena forma.
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Para um time comandado por Parreira, 1 x 0 já é goleada.
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Mais felizes foram os bêbados, que viram dois gols onde só houve um.
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Mais fortes são os poderes da camisa e do riso amarelo do Brasil.
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Para quem já foi tetracampeão ganhando de 0 X 0 da Itália, não há do que reclamar.
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Sufoco, teu nome é Parreira.
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O importante não é ganhar. O importante é ganhar sem ter palpitações no coração. Espírito esportivo, pode deixar pra esses timecos de primeiro mundo como a Suíça. Com uma renda per capita daquelas até eu curtiria na maior elegância uma derrota do meu país para o Brasil.
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O melhor momento do Ronaldo (não-gaúcho) na partida foi sua substituição.
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Justiça seja feita. Ronaldo (não-gaúcho) já fez muito pela Pátria. Merecia ficar só comendo a Raica.
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Má notícia: o próximo jogo cai num domingo. Quase ninguém vai ter o prazer de faltar ao trabalho.


 

10 junho, 2006

MESA BRANCA REDONDA
Por Stella Maris - especial para o Club

O tempo fechou quando o exu Tranca-Ruas baixou no debate mediúnico do Club dos Terríveis.

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NOTA DO EDITOR: Nem só de Fátima Bernardes vive a Copa do Mundo. Nossa enviada espectral , Stella Maris, ao Club torna (após curtir uma temporada no Hades) e prova que ainda goza, e como goza, de grande reputação entre os VIPs do além-túmulo. Mais colocada do que nunca, nossa repórter conseguiu – com uma ajudinha de Madame Blavatski e do colunista Caixinha – a façanha de reunir na mesma tábua ouija as maiores celebridades defuntas da Alemanha e quejandos para um bate-papo descontraído sobre o esporte das multidões. Acompanhe:
***

CLUB DOS TERRÍVEIS: Vamos começar com uma pergunta bem original. Quem é o maior jogador de todos os tempos?
Beethoven: “Hein?!”
Einstein: “Isso é relativo, minha filha.”
Heisenberg: “Depende...”
Nietzsche: “Lá vêm vocês com o eterno retorno a essa questão!”
Goethe: “Mais luz no estúdio!”
Hitler: “Eu tenho a solução final pra esse problema, fraulein!”
Thomans Mann: “Olha, eu bem que poderia dar uma opinião, mas seria impossível resumir tudo que penso em menos de 500 páginas.”
Wittgenstein: “É... dava pra escrever um Tractatus a respeito.”
Immanuel Kant: “Posso tecer uma crítica a priori a essa pergunta?”
Beethoven: “Hããnnn?!”
Max Weber: “Prefiro que meu pupilo responda por mim. Ô FHC! Esse menino...”
Freud: “Que tal umas sessões para você mesma encontrar a resposta?”
Karl Marx: “Pela esquerda lógico que foi o Canhoteiro.”
Oskar Schindler: “Deixa eu consultar minha listinha.”
Schubert: “Alguém empresta um guardanapo pra eu terminar esta sinfonia, pelamordedeus?!”
Franz Kafka: “Quê que eu tô fazendo aqui? Eu sou tcheco, pô! To me sentindo o maior barata tonta...”

CT: Tudo bem, vamos adiante. Lá no Brasil ninguém mais agüenta ver a carranca do Ronaldinho Gaúcho em reclame de posto de gasolina, desodorante, funerária, regulador feminino e o diabo a quatro... Como é que essa onda tá por aqui?
Goebbels: “Mas filhota, propaganda é a alma do negócio!”
Bach: “É... não tem fuga. Permite-me fazer um contraponto?”
E. T. A. Hoffmann: “É bem macabro mesmo.”
Klaus Kinski: “Cá entre nós, sou ou não sou mais bonito que ele?”
Dr. Fritz: “Eu poderr tentarr fazerr um plástica no Ronaldinha...”
Dr. Mengele: “Deixa que eu faço!”
Karl Marx (com uma camisa da Beija-Flor): “Olha o conflito dialético aí, geeente!”
Beethoven: “Hããnnn?!”
Ferdinand Von Zeppelin: “Mudando de assunto, pequena... Sabias que um comprimido azul me deixou com todo gás?”
Herman Hesse: “Não liga pra esse conde velho não, Stella. Vem com o lobo da estepe aqui, vem.”

CT: Senhores, olha que eu corto a cerveja. E a abertura da Copa? O que acharam?
Irmãos Grimm (em uníssono): “Fabulosa!”
Ferdinand Von Zeppelin: “Me levou às alturas.”
Walter Groupius: “Foi uma abertura moderna, funcional, bem arquitetada, assino embaixo.”
Richard Wagner: “Modéstia à parte, em matéria de 'Gesamtkunstwerk' sou mais o Anel do meu Nibelungo.”
Bertolt Bercht: “Não pagaria três vinténs por aquela manifestação burguesa. E o ingresso tava um roubo. Mas o que é um roubo...”
Franz Kafka: “De repente eu me vi ali, sem saber o porquê, no meio daquela multidão indiferente, sem poder escapar daqueles corredores infindáveis do que parecia ser um estádio, ou era um tribunal?”
Beethoven (testando o microfone): “Som! Alô, sssom? Cadê o sssom?”

CT: E a vossa digníssima Seleção? O que vocês acharam desse primeiro joguinho dela?
Guttemberg: “A primeira impressão é a que fica.”
Leopold Von Sacher-Masoch: “Ficar 90 minutos vendo aquele jogo foi um tremendo suplício. Adorei.”
Hegel: “Em tese, o jogo foi uma merda. Em síntese, foi bom.”
Walter Benjamim: “Matei aula na Escola de Frankfurt só pra ver o jogo. Depois bateu uma vontade de me matar....”
Karl Marx: “Não achei nada revolucionário. Mas dialeticamente a coisa há de melhorar.”
Ferdinand Porsche: “Nosso time não é nenhuma Mercedes, mas vai pegar nem que seja no tranco.”
Schopenhauer: “Torcer é sofrer.”
Sacher-Masoch: “Ai, adoro torcer!”

CT: Vocês acham que uma final Brasil X Alemanha dá pé?
Rudolf Diesel: “Se depender de mim, não vai faltar combustível pra gente chegar lá.”
Schopenhauer: “Vontade é o que não falta.”
Rosa Luxemburgo: “Vamos partir pra luta, companheira!”
Johannes Brahms: “Vai ser uma rapsódia do chucrute doido.”
Otto Von Bismark: “Já tracei toda a estratégia pra passar a perna em vocês.”
Wernher Von Braun: “Vai bombar.”
Mozart: “Vou preparar um réquiem pra vocês.”
Hitler: “Vocês não querem que eu repita pela enésima vez que nós somos superiores, querem?”
Nina Hagen: “Quem me colocou aqui?! Eu ainda não morri, ô meu! Chama o Supla!!!”

CT: Nossa pauta estourou. Alguém quer deixar uma mensagem final para os nossos leitores...
Richard Strauss: “Assim falava Zaratrusta, meu tio: passarinho que come pedra sabe o que advém!”
Freud: “Estorou o tempo digo eu! São quinhentas pilas pela jam session.
Marlene Dietrich (blasé): “I want to be alone!”
Martinho Lutero: “Protesto! Protesto! Quem disse isso não foi a Greta?”
Beethoven: “Alguém pode me dizer quando é que essa entrevista vai começar, porra?!”

(Na fila de espera pra entrar na mesa, Bento XVI manda aquele abraço.)

 

08 junho, 2006

Proibido para menores
Por Fran Pacheco

Ministro do TSE explica metaforicamente o que é "verticalização".
(foto: Monica Lewinski)


Parece enredo de Carlos Zéfiro, mas é só política. Foi mais ou menos assim: partidos de porte avantajado, partidos nanicos e partidos anões-de-porte-avantajado estavam prestes a entrar no maior concubinato para abocanhar grossas fatias do eleitorado e continuar fornicando o país. Enquanto isso, em Kôeningshtáin, Ronaldinho Gaúcho mostra a bunda (branca?) em cadeia global. Inspirado, ou provocado, sei lá, chega Marco Aurélio Primo do Collor e, com aquele vozeirão de estômago roncando, tchuns! Endurece a verticalização. Sem preliminares, em cima da hora, de bate-pronto, deixando os sujeitos passivos, os candidatos, estuporados, estupefaciados, judiados, como as saudosas cabritas e marrecas que iniciaram antigas gerações de capiaus nos segredos a artes do amor.

Sacanage? Acho pouco. É sabido que em matéria de política só doi quando eles riem, probrema é que eles ri sempre. Lula só vive rindo, ri pelas entranhas – e uma coisa eu garanto, se não tivesse os dentes da frente, style Tião Macalé, já estaria eleito por aclamação. Até o Alckmin ri (falso, falso) em cima do jegue (tinha que ter um jegue nesse enredo!). Ver o espanto que se abate sobre todos eles (exceto Lula, que nem tá sabendo da parada), vê-los uma vez na vida fazendo beicinho triste, reclamando em uníssono de “mudança nas regras do jogatina”, de “ameaça à seguridade jurídica” e da “falta de jeitinho do Marcão” é um alívio cômico dos mais salutares. Chorai, ô rebotalhos!

Nóis na geral, sequiosos por mais perversidades deste tipo aplaudimos. Os candidatos já tiveram mel na chupeta demais da conta. Auto-brindaram-se com uns remendos de reforma política que tornaram as campanhas mais baratas. Já se viu? Cortar os gastos dos biltres sem cortar-lhes os lucros?! Alguém que gastar R$ 1 milhão a menos na campanha vai roubar R$ 1 milhão a menos depois de eleito, a título de compensação? E a proibição de showmícios? À parte o benefício de se banir os "Dois Filhos de Francisco" das redondezas, há sérios problemas: qualquer lei que restrinja o uso de Ivete Sangalo não me tem lugar no coração.

Eu sei, ah, eu sei, tudo que é sólido se desmancha no ar, já dizia o inventor da naftalina. No final das contas, estes verdadeiros atletas sexuais vão virar o jogo e dar mais quatro anos dentro. Marcão pode bancar o chato à vontade. Os espiroquetas se adaptam rapidinho. E longe do furdunço, recompondo a libido, Severino Cavalcanti aguarda a hora de tomar posse e... crau.

 

04 junho, 2006

Dos males, escolha sempre o menor:
só vote em anão.

 

02 junho, 2006

Hit parade eleitoral gratuito
Por Fran Pacheco

A invasão começou. Não, ouvinte, não é nenhum trote de Orson Welles. Sintonize em qualquer emissora. As ondas do rádio foram tomadas de assalto por estranhos e abomináveis seres: vereadores, deputados, governadores, prefidentes e outros pelintras menores sedentos por mandar nessa terra do muro baixo. As ondas médias estão infestadas por programinhas “informativo-humanitários” com direito a puxa-sacos de apoio e até claque. Como ninguém, a não ser por auto-flagelação, quer ouvir o muito que eles não têm a dizer, segue de bandeja uma seleção de soundtracks feita sob medida para alguns candidatos. Toque sem parar, maestro Záccaro!

LULA

  • “O Ébrio” – Vicente Celestino
  • “Ando Meio Desligado” – Os Mutantes
  • “Alcohol” – Jorge Benjor
  • “O Bêdado e o Equilibrista” – João Bosco
  • “Manhãs de Ressaca” – Cazuza
  • “Vai Trabalhar Vagabundo” – Chico Buarque
  • “Dom de Iludir” – Caetano Veloso
  • “Me Engana que Eu Gosto” – Wanessa Camargo
  • “Malandro é Malandro, Mané é Mané” – Bezerra da Silva
  • “Inútil” – Ultraje a Rigor

Obs. O direito de execução das músicas de maior teor etílico está sendo disputado com o improvável programa radiofônico do Sr. Pedro Simon.

GERALDO ALCKMIN

  • “Fracasso” – Núbia Laffayette
  • “Sozinho” – Peninha
  • “O Pato” – João Gilberto
  • “Ninguém me Ama” – Antônio Maria
  • “Marcha Fúnebre” – Frederico Chopin
  • “Réquiem” – Wolfgang Amadeus Mozart
  • “A Fossa” – Waleska
  • “Não Sonho Mais” – Chico Buarque
  • “Amanheci Chorando” – Renato & Seus Blue Caps
  • “O Bom Menino” – Palhaço Carequinha

Obs. A última música, evidentemente, foi extraída do extinto programa Anthony Garotinho.
Obs (2). Desrecomendamos a inclusão de “The Winner Takes It All” e “A Whiter Shade of Pale” para não deixar a programação muito, digamos, deprê.


FERNANDO GABEIRA

  • “Legalize” – Pete Tosh
  • “Queimando Tudo” – Planet Hemp
  • “Vampiro Doidão” – Os Incríveis
  • ”Tapinha” – Tati Quebra Barraco
  • “Viajandão” – Rosa Tatooada
  • “Erva Venenosa” – Rita Lee
  • “Desejos e Delírios” – Fábio Jr.
  • “Um Seqüestrador” – Francis Hime
  • “Sou Neguinha?” – Caetano Veloso


HELOÍSA HELENA

  • “Porrada” – Titãs
  • “Tô P. da Vida” – Grupo Dominó
  • “Menina Veneno” – Ritchie
  • “Maria Ninguém” – Carlinhos Lyra
  • “Eu Grito Sozinha” – Ana Carolina
  • “Dona Doida” – Rita Lee

ENÉAS

  • Qualquer marchinha militar do III Reich serve. Desde que só tenha 15 seg.