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16 junho, 2006

Antes que eu queime a língua
Por Fran Pacheco

Teriam os craques brasileiros se apequenado na Copa?

Não há escapatória possível neste mundo que virou uma bola murcha (Adidas, modelo “teamgeist”). O mundo parou (que o diga a Varig), virou um interminável replay de um intragável “fairplay”, com anúncios no meio. Saudades do tempo em que a geral gritava “Porrada! Porrada!” no Maracanã e o Almir partia sozinho, do alto de seu 1,60m pra baixar o sarrafo em meio time do Bangu. O Almir morreu com um tiro na testa, mas isso eu conto depois. Agora é tempo de agonia. Estamos nas mãos da FIFA. Para usar a expressão “Copa do Mundo”, neguinho tem que pagar (já que falei, pode mandar a conta pra quadra 16 do Cem. S. João Batista). Talvez um ou outro homem-bomba no Iraque esteja por fora do lance e ainda faça o seu mister, já que o escrete iraquiano está concentrado em Guantánamo. O ex-intelectual Pedro Bial mostra que 6 edições de Big Bosta Brasil deixaram seqüelas e se supera como o maior enchedor de lingüiça de sua geração: suas reportagens são todas em câmera lenta. Até Parreira o Bial mostrou em câmera lenta, analisando poeticamente (acho que essa foi a intenção) o andar, os olhares e a ruminação do muar mais bem pago do país (certamente o Prof. Parreira ganha mais que o presidente). Ronaldinho Gaúcho não se conforma: “mas nos comerciais eu jogava tão bem...”. Irmão Paulo quer distância do assunto, ainda está muito abalado com aquela derrota para o Uruguai em 50... Stella virou bobby soxer do infante Kaká, chutando pra corner a devoção exclusiva ao Heleno de Freitas (Botafogo, idos de 40)... Hedôzinha já se arrancou pra Gay Pride em Sampa. Quem está levando mesmo a melhor é o Cecezinho, curtindo umas de Garrincha e ajudando a aumentar a taxa de fertilidade européia.

Meu desbundado chapinha Torquato manda uma lembrança, material de primeira, tipo do-it-yourself que enrolo com denodo. Entre um trago e outro a coisa me faz refletir: é isso aí, bicho, podes crer. Ponho pra tocar no 3 em 1 o “Loki”. Mas logo logo começo a ouvir o canto do Uirapuru e me desligo dessa “hola” global. Se é pra falar de lixo, vamos ver quem tá mais ligado na parada:

Em 1960 e quebrados, um gerente de cinema de Seul achou a duração do filme “A Noviça Rebelde” execessiva e diligentemente, cortou todas as cenas de música... Nascido por volta de 1800 e lá vai fumaça, Juan Baptista dos Santos era um cubano boa-pinta, que possuía dois membros viris, um par de pernas sobressalentes, grande capacidade mental e, dizem, um furor sexual anormal, que o levou, numa de suas excursões a Paris, a ter um caso com a famosa cortesã Blanche Dumas (que por sua vez tinha 2 vaginas e 3 pernas)... O nome mundial do carro que por aqui se chamou Corcel era “Ford Pinto”, mas mudaram antes de sair anunciando “compre um pinto novo em suaves prestações”... Fazendo as contas, na Bíblia, Jeováh matou mais gente que Stallone, Schwarzenegger, Cabo Bruno e George Bush juntos, inclusive numa dessas, a Humanidade inteira (exceto Noé e a parentada)... O conceituado Britsh Journal of Addiction (agosto/92) descreve três casos altamente incomuns do chamado “Vício de Cenoura”, esquecendo-se, notavelmente, de citar Mário Gomes....

Podia continuar, mas a bagana tá nas últimas, o jogo da Argentalha X Oswaldo-Montenegro já vai começar e não tô afins de queimar a língua falando mal do Fenômeno. Uma lapada só que ele meter no gol e lá vamos ajoelhar e gritar: Caramuru! Caramuru! Ô vida besta, sô!