O Ministério da Piada Pronta adverte...
Por Fran Pacheco
Após semanas e semanas de desenfreado consumo por parte da classe humorística, os estoques de piadas prêt-a-porter sobre o faniquito do rabino, o gol 1.000 e o apagão aéreo encontram-se perigosamente baixos. Recomenda-se parcimônia no trato da coisa, tendo em vista que tais problemas, embora aparentemente insolúveis, comportam um número apenas finito de gracejos.
Como poucos podem dar-se ao mesmo luxo de um José Simão, ambientalista que recicla todo dia a mesma coluna, com pequenas variações de fraseado e ademanes, o país espera que todo piadista, todo satirista e todo wit cumpra seu dever e pare de racionar o raciocínio. Coragem, senhores e pensem. Pensem, nem que seja na bunda da Dilma Rousseff.
Do contrário, o colapso avizinha-se implacável, ameaçando transformar de uma vez os bobos da corte na corte dos bobos – uns citando e/ou linkando os outros, numa orgia de confetes que só pode descambar na mais baixa forma de expressão humana: o humorismo a favor (vade retro!).
Em nome do pouco que resta de cinismo, anarquia, ironia e acidez no humorismo nacional, não se deixem contagiar pela euforia da aprovação estratosférica do governo. Resistam e não abandonem suas trincheiras gritando lulalá! De Chicos Carusos e Veríssimos este país já é auto-suficiente.
P.S. De pelegos também, mas Franklin Martins aceita analisar currículos.
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