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07 fevereiro, 2007

With a little help from my friends
Por Fran Pacheco

A campanha pela minha anistia

não será feita quando a mídia e os que
se opõem à (sic) esse direito constitucional
meu, quiserem ou impuserem. Mas quando
seus iniciadores decidirem.

Zé Dirrceu, blogueiro, ladrando.


É estranho como político algum tem pretensão nenhuma a coisa alguma, pode ver: suas candidaturas sempre nascem não de um desejo personalíssimo pelo “puder” (longe disso!), mas “do mais profundo clamor popular”, “do apelo das bases”, “do chamamento a combater o bom combate”. Aumento do próprio salário? “Não é um pleito pessoal, nem penso nisso... Mas se o colegiado de líderes assim decidir...”. Será que esses putos nunca têm vontade própria?

Agora vem esse blogueiro, o Zé Dirrceu, como quem não quer nada, fazendo que vai e não vai, e com uma lógica das mais tortuosas avisa aos homens de bem (os que têm úlcera) que sua auto-campanha pela anistia mais pessoal, particular e restrita da História muderna não será feita quando “os que se opõem à esse direito constitucional meu, quiserem ou impuserem”. Seria mesmo muita babaquice que alguém contrário a tal patifaria saísse por aí catando assinatura e colocando o bloco do Zé na rua. Seria caso para interdição civil.

O Zé aliás, num ato falho, diz que a tar da anistia já é um “direito constitucional meu (dele)”. Vasculhei a Carta Magna de cabo a rabo e vi nada disso não. Vi badulaques jecas e bizarros, como “O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.”. Vi também belezuras parnasianas como “a casa é o asilo inviolável do indivíduo”, desprovidas do necessário adendo “... mas um pastor alemão e um sistema de alarme sempre vão bem”. Só não achei nada como o que tanto sonha o Zé: “Art. 5.675 Fica livrada a cara do Sr. Zé Dirceu, blogueiro, por todas as suas aprontações pregressas. Parágrafo único: foda-se a impessoalidade da Lei.”

A verdade é que o Zé mal consegue dorrmirr, esperando a hora de dizerr a senha para o ataque fulminante à Constituição. “Tora Tora Tora?” Não... tem erre demais, o Zé ficaria engasgado. Mas, se os corretores de FHC - sonhando com um tucanato de mil anos - compraram a emenda da reeleição, por que os moleques de recado do Zé (Chinaglia na comissão de frente) não podem emendar a "lei maior" (e o próprio conceito de lei, aquela coisa teoricamente "abstrata" e "geral") em prol única e exclusivamente do capo? No Brasil lei não se discute. Compra-se.

Se conseguirem mesmo transformar a “Carta Magna” em “Bilhetinho de Alforria do Zé”, se é pra avacalhar de vez, então faço questão que incluam o seguinte inciso: “A tumba do Fran Pacheco, localizada em Manaus, será mantida e bem-tratada por Juliana Paes”. Espero, com uma pequena ajuda dos meus amigos, colher as assinaturas e impressões digitais necessárias. Respeito aos mortos é sempre bom. E não vai causar nenhum rombo na coisa pública, isso eu te garanto.