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21 janeiro, 2007

Reflexões ao cair da tarde II
Por Fran Pacheco

  • OU SE TAPA LOGO aquele buraco do metrô ou a imprensa nacional não sai mais do fundo do poço.
  • QUE O ÚNICO PERDEDOR na eleição da Câmara será você, pobre contribuinte, isso já são favas contadas. A grande questão é a seguinte: se pronuncia Arlindo Xinag’lia, Kinalha ou canalha mesmo?
  • O FUTURO É AGORA, diz o novo slogan do PMDB estadual. Que forma poética de avisar que vão cobrar hoje a fatura que só venceria amanhã.
  • COMEÇOU O PAULISTÃO 2007. Aos poucos o país volta à normalidade institucional.
  • SE VOCÊ OLHAR bem de perto, verá que existe sim, diferença entre as beldades do novo Big Brother: mais ou menos 200 ml entre o menor e o maior silicone.
  • TUDO BEM, há uma série de fatores sócio-político-estruturais que impedem o país de sair do lugar. Mas esse taxímetro rodando em bandeira 2 é sacanagem, pô!
  • A ESPERANÇA é a última que morre? Então deixa ela ser tratada num hospital público pra ver o que é bom pra tosse...
  • ESTATÍSTICO CAXIAS é aquele que, no exato dia em que atinge a expectativa média de vida da população, morre.
  • MAS ESSE PINTOR é um artista naïf ou é retardado mesmo?
  • SE VOCÊ OLHAR bem de perto, verá que existe sim, diferença entre os presidentes da América do Sul: a mesma que separa os cretinos dos imbecis.
  • PERALÁ, então se até Bolívia já foi convidada pro Mercosul, só falta agora convidarem o Pedro de Lara.
  • VOCÊ SE PERGUNTA: por que os parlamentares querem 91% aumento? Eu respondo: por que 100% de aumento fica muito na cara que é sacanagem. Daí esse misterioso, assimétrico, guenzo 91% – assim fora do prumo, com unzinho por cento a mais na rebarba, pra não ficar um 90% redondão, arbitrário, indecente. Número redondo, crianças, leva jeito de ser sério não: sobre ele recairá sempre a suspeita de ter nascido sob o signo da acochambração. Vejam o orçamento de qualquer obra bilionária: desce até aos centavos. O superfaturamento é o mesmo, mas aqueles centavos na ponta direita deixam tudo com um ar muito mais, digamos, científico. (“Porra, se calcularam até os pregos da hidroeletétrica, só podem ser gente de bem!”) Outro dia pegaram um matador de aluguel com o comprovante de depósito bancário da encomenda do crime: R$ 21.246,16. Que profissionalismo, que seriedade na mensuração das custas homicidas, né não? Esse pessoal, empreiteiros, matadores, parlamentares, anda sacando muito da psicologia dos números. Quanto mais quebrado, melhor pra eles. Pior pra você.
  • EPITÁFIO: “I want to be alone, seus vermes!”