Image hosting by Photobucket

20 janeiro, 2007

Pequeño balanço final do encontro de cúpula do Mercosul
Por Fran Pacheco

Photobucket - Video and Image Hosting
Um Bloco de Sujos, por supuesto, mas ainda assim um Bloco.

Ufa! Acabou. Foram embora, picaram a mula. Chávez, Evo, Kirchner, L. Inácio, o exército verde-oliva, todos “los amigos” foram rosetar em outras freguesias (no caso dos sátrapas) ou voltaram à rotina de pintar as paredes da Vila Militar (no caso das tropas de elite). Melhor assim. Com tantas vocações para a lambança concentradas no mesmo perímetro urbano, o bolerão podia desandar a qualquer momento.

De qualquer forma, o Merdosul é uma entidade boiando por aí – e não serve apenas para facilitar a invasão das praias catarinenses pelas hordas de hermanitos ou aquela invernada em conta dos macaquitos em Bariloche. O Merdosul existe e é contagioso, pois até a Venezuela e a Bolívia (que embora Merdo, não são propriamente Sul) embarcaram nessa.

O resultado disso tudo, longe de ser insípido, incolor e inodoro, não poderia ser mais mal-cheiroso. Parafraseando aquele cidadão, Winstão Churchill: “da Patagônia até a Isla Marguerita, com escala na 25 de Março, uma grande cortina de teatro mambembe cerrou-se sobre o continente”. Do sultanato chavista da Venezuela à terra del panelaço, vai se consolidando um novo bloco geo-político-carnavalesco: o Eixo dos Malas.

Só não entendo como este tema ainda não foi aproveitado em nenhuma escola de Samba (ninguém no Brasil pode se considerar plenamente realizado se ainda não virou samba-enredo). Atento a isso, Chavez, com sua habitual presciência (já tem planos até 2020) brilhou dia desses na Sapucaí. Em matéria de propaganda (no sentido e sotaque goebbeliano do termo) Chavez leva vantagem de vários corpos sobre os demais pangarés do blocão.

Mas deixemos a sacanagem de lado: não se pode negar a importância da Integración. Nem que seja a fusão dos bolsões de miséria, do know-how em matéria de paternalismo, demagogia, clientelismo, burrocracia, nepotismo, aparelhamento, coronelismo e fisiologismo. Já que para todos esses produtos típicos da região haverá livre circulação, já que escavaremos uma trincheira comunitária contra a chegada do Séc. XXI, que pelo menos o Brasil deixe gravado nessa guarânia o legado de sua cultura. Se a integración é inevitável, franguita, relaxa e goza. Chavez será o Cabeção, mas o jeitinho brasileño nossa moeda comum.