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02 dezembro, 2006

O MONGE DE 12 POLEGADAS E 1/2 (Parte I)


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Dando início a uma série aparentemente infinita de pequenas biografias de grandes filhos da puta História Uiversal, nosso douto, polido e lustrado Prof. Azancoth - resgatado do ostracismo cósmico através de nossas orações e dos diligentes trabalhos de sopro da Srta. Ishtar dos Sete Véus - apresenta aos incréus a penetrante história do Monge Louco, porém Duro, Grigori Rasputin.

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Num museu de São Petesburgo dedicado à sacanologia, jovens russas contemplam boquiabertas uma estranha relíquia: um mega pênis de aprox. 27 cm conservad0 em álcool. O gerente do establecimento garante que o quiabão outrora esteve acoplado ao corpo do maior abatedor de lebres da história da Rússia: Grigori Yefimovich Rasputin. Alguns entendidos meio desconfiados acham que se trata na verdade de um marçapo eqüino ou bovino. Pessoalmente e modéstia à parte, não vejo muitas razões para tamanha comoção, ainda mais sendo eu portador de uma vara de 29 cm, em repouso. Mas não estamos aqui para falar de mim.

Quem diabos foi esse Rasputin, cujo nome quer dizer sacana em russo? Para o último Czar - ou Tzar, tanto faz - era apenas um “camponônio ingênuo, religioso, meio babaca, mas no fundo um bom sujeito“. Tinha Czar que era cego... Para a Imperatriz Alexandra, assídua frequentadora do terreiro rasputiniano, o homem, que não falhava nunca, era “um santo“. Para a oposição, “um senhor filho da puta“. Para suas centenas de seguidoras, quase todas da alta corte, era tudo o que uma viscondessa reprimida sexualmente e com um furor uterino capaz de derreter um divã poderia sonhar (os nobiliarcas eslavos notoriamente preferiam vodka, prostitutas e eventualmente escorregar de porre num quiabo). O fato é que Rasputin espalhou tantos galhos na testa da aristocracia russa que a coisa só podia dar em merda, como deveras deu, mas não nos adiantemos.

Nascido analfabeto por volta de 1864, 1869 ou 1872 na aldeia de Pokrovskoya (a Mãe-Rússia sempre foi pródiga em nomes escrotos), o pequeno Grigori desde cedo descobriu sua grande, e põe grande nisso, vocação: cometer o pecado original a torto e a direito. Quando já era um vara-pau de quase dois metros, se juntou aos khlysties, uma agremiação religiosa semi-marginal, cujo raciocínio cristalino era o seguinte: “se quiserdes o perdão, então tendeis que primeiro pecardes” (traduzir direto do russo mesmo para mim é barra). Imbuídos deste espírito, os monges e monjas se reuniam na calada da noite em grutas no meio da tundra siberiana e botavam pra pecar contra o que tivesse restado da castidade uns dos outros. Um transeunte desavisado poderia pensar que aquilo era simplesmente uma tremenda suruba, além de correr o risco de ser pego e perder todas as pregas numa novena só. Mas depois de terem fornicado em quantidade adequada para queimarem as fanáticas roscas no inferno por toda a eternidade, os fiéis se autoflagelavam, clamando pela graça da divina providência. Todos menos um: ele mesmo, Grigori, que continuava insaciável até altas horas escalando as monjas e dando em média cinco sem tirar. Com tamanha disposição, só podia mesmo se tornar o grão-mestre dos doidões.

Dono de personalidade narcisística e ao que tudo indica não muito chegado em entregar o anel para seus irmãos de fé, Grigori tomou uma decisão drástica: expulsou os marmanjos do grupo na base da porrada. O sujeito além de tudo era forte como um cavalo. Ficou só ele e suas maluquetes, peregrinando, trepando e praticando supostos prodígios (não necessariamente nessa ordem) pelos cafundós da Sibéria, Grécia e até em Jerusalém. Parece que não cobrava nada pelos préstimos, e mesmo que cobrasse niguém teria um puto, digo, um copeck para pagar. Naquele tempo, sob os desmandos da dinastia Romanov, 95% da população russa poderia se considerar fudida e mal paga.

Em 1903, Rasputin decidiu finalmente tirar o pé da bosta e baixou na Capital Imperial, São Petesburgo. A História nunca mais seria a mesma.

Continua...