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28 dezembro, 2006

Nos astros distraídos
Por Fran Pacheco

Quem somos? Não, não falo da Raça Humana no sentido amplo, mas de “nós” no sentido mais restrito do termo, ou seja: a raça que faz (ou fazia) este blogue. Uma dica: apesar de céticos, a força das circustâncias nos tornou um bando de sujeitos compulsoriamente espiritualizados. Outra coisa: se a História acabou, como anda espalhando o Fukuyama, onde diabos estão os letreiros finais? Falando sério: eu comi a Ana Carolina e vou contar tudo no meu próximo box de DVDs, que por motivos óbvios não será “ao vivo”. Tem mais: a Carol ser chegada numa luta aranhal só aumenta a sua feminilidade, manjou? Mas exageros existem. Tive uma amiga maluquete que não se declarava nem mono nem bi, mas trissexual: alegava já ter feito com rapazes, raparigas e com ETs. Humanum nihil a me alienum puto? O ser humano é capaz de tudo, yo lo sé, mas dois sujeitos de cavanhaque praticando jiu-jitsu na cama e um virando pro outro e dizendo “agora me beija, Epaminondas...”, sinceramente... Mas isso tudo é pra dizer que se este blogue sem pé nem cabeça aparenta estar morto, não faz mais do que sua obrigação. O fechamento do Club, aliás já se tornou uma tradição da internet baré. Como desmonstrou outro estelionatário famoso, John Cage, o silêncio também é uma forma de expressão. Mirem-se no Luizinho XIV, o Rei-Sol. Diante dos grandes problemas de França dizia apenas “vou pensar”, e saía à francesa da reunião do gabinete, provavelmente direto para debaixo das anáguas de Mme. de Lavallière. É mais ou menos essa a nossa atual metodologia, com a diferença de que não há mais anáguas para desbravar. Visitem a redação deste blogue (se tiverem alguma experiência projeciológica à base de mescalina) e verão com vossos terceiros olhos algo muito semelhante, metaforicamente falando, com a sede do Google, só que menor, caindo aos pedaços e entregue às traças. Afinal, se em Mountain View – Palo Alto – CA a coisa rende bilhões de dólares, com um bando de nerds de bermudas jogando pebolim durante o expediente, por que não daria certo conosco, que temos o mesmo pendor para a "vadiagem criativa" e tanta ou mais necessidade de ganhar uns cobres? Bem, não dá. Eu poderia ficar tomando minha cerveja, bancando o “indiguinado” e colocando a culpa toda nesta experiência malfadada chamada Brasil, a Geny do Ocidente. Mas o Brasil, ao renitentemente não dar certo, cumpre apenas a sua vocação histórica. Por mais que Eduardo Bueno afirme que nada foi por acaso, ainda estou com a lenda do Pedrálvares indo pra Índia e vindo bater no outro lado. (vai nav'gar mal assim na casa do cacete, ó pá!). Tem mais a ver, afinal o rebento desse encontro luso-botocundo não poderia mesmo ser um país e sim este grande mal-entendido nosso de cada escândalo. Voltando ao Eduardo Bueno, o rapaz afirma que numa encarnação passada foi uma araucária e isso já diz tudo sobre sua pessoa. Voltando ao Club: se você quiser mesmo saber nossa palpitante opinião formada sobre isso tudo que está aí, ou tiver saco pra ouvir nossos causos, inclusive o que rolou no velório do Zequinha Estelita, pode encontrar nossos agentes noturnamente nos melhores pés-sujos da cidade. Basta oferecer duas doses de uísque que ficam possessos. E se alguém, mesmo que seja eu, publicar alguma coisa nova aqui, por obséquio me avisem.

P.S. Que os obituários de 2007 sejam plenos agradáveis surpresas.