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04 setembro, 2006

irmão Paulo a la carte IV
Por irmão Paulo

Peste Graças a nosso sistema legal ultrapassado e francamente pró-bandido e ao nosso Processo do tempo de D. João Charuto, boa parte dos formigas já ganhou liberdade e deve ter saído à mil em busca da saideira. Lá pras bandas da Educação, o secretário cabra-da-peste garante que está tudio bem. Diz que só vai romper o contrato com o formiga-fornecedor de parte da merenda escolar se este parar de fornecer – o que não vai acontecer porque a turma já está solta. Ai, ai. Rompe o contrato, seu cabra. Rompe o contrato, peste!

Paulista I Amazonino declarou, sobre Alckmin, que não apóia paulista. Trata-se, evidentemente, de uma frase de efeito, portanto mentirosa, e com objetivos políticos. Na verdade, Amazonino não apóia Alckmin por que este não demonstra nenhuma viabilidade eleitoral e, aqui no Amazonas, amargaria um desestimulante terceiro lugar nas pesquisas, não lhe acrescentando nada. Ah, tem também que Amazonino só se sente bem na companhia do submundo da política (Bornhausen, Zé jorge, ACM, Collor etc.) e Geraldo, goste-se ou não dele, está um degrau adiante na escala da evolução das espécies políticas.

Paulista II Dos paulistas, conforme declarou ao denunciar uma perseguição fiscal ordenada por Braga aos empresários que o ajudassem financeiramente, Amazonino só quer a grana. Que viria de seus amigos, beneméritos desprendidos que o ajudam (atenção, povo, ironia) pelo bem da humanidade, sem pedir nada em troca depois. Capitaneando e captando as doações o paulista-mor Gilberto Miranda, secundado por seu mago-irmão Egberto "caso soraia" Batista.

El Cid Arrastado de roldão pelo prestígio inabalável de Lula, Cid Gomes, irmão e teleguiado de Ciro Gomes e Tasso Jereissati, deu um caldo no governador tucano Lúcio Alcantara, tirando em uma semana uma desvantagem de 10 pontos percentuais e impondo uma vantagem de quase 15% sobre o mesmo. Bastou que Lula fizesse um único comísso no ceará e ungisse o galego seu candidato para que a situação se invertesse.

Onde estais Eduardo Braga, no íntimo de seu ser, deve recitar diariamente os famosos versos de Castro Alves, mas dirigidos a Lula. Onde estais, que não me apontas!? Lula bem poderia vir aqui e repetir aquela hilária cena em que Amazonino recepciona o bom filho, retornado à casa paterna, batendo com a palma da mão na cabeça de um Braga constrangidíssimo. Mas concordante.

Segundona Braga, por sorte e/ou falta de opção, ganhou uma segunda chance das forças ditas progressistas. Abocanhou - humildemente - apoios emblemáticos no Amazonas, como o PCdoB. Descola um apoio velado de Serafim e, de quebra, ostenta-se como o candidato de Lula. É uma chance de construir um novo futuro público para si, agregando um grupo que se diz mais ético ao seu novo governo, renunciando a companhias deletérias herdadas de Amazonino Mendes e rompendo de vez com o descalabro que foi o seu primeiro ano de governo.

Artur Neto não teve segunda chance. Ele fez uma campanha suada para prefeito de Manaus, rodando num chevetinho - ou coisa que o valha - e indo refrescar-se, vez ou outra, no ar-condicionado da Ouvidora do Município. No dia do pleito, queria votar com uma camisa verde, que foi comprada na beira do mercado, com recursos de uma vaquinha, e insistentemente passada - com toneladas de goma - para tomar alguma forma. Ganhou, tomou posse e uma semana depois já andava encangado nas pickups do Carlinhos da Carbrás e congêneres. Fodeu-se. Não teve segunda chance, porque não corrigiu a rota.

Jackson Gilberto Boto rejuvenesceu 10 anos na aparência. Sem parecer que colocou botox ou sequer fez lifting, só com dieta e caminhada, dizem os releases. Foi assustador vê-lo sem arfar, com aqueles olhos frios, declarando amor e respeito às mulheres do Amazonas. Já se comenta, aqui pelo além, que isso é resultado do upgrade hiperbárico que Gilberto Boto fez em seu sarcófago, no velho estilo Michal Jackson, adiando sua chegada por tempo indefinido. Oh, senhor! Tem piedade de nossa atroz miséria.

Comprados Com o resultado das últimas pesquisas eleitorais, Amazonino Mendes precisa incluir na lista dos comprados, junto com o Judiciário, o Ministério Público e os Tribunais de Contas, todos os institutos de pesquisa. Com exceção, claro, do Unisol/UFAM que não são comprados, são vendidos.