O Guia do Mochileiro do Planalto
Por Fran Pacheco
Anotação enquanto o avião presidencial é abastecido para uma jornada aos confins da Japolândia.
Assim que Max Nunes bater no andar aqui de cima, vou convidar o velho craque do humor para ser meu ghost-writer, literalmente. Max, o último remanescente dos grandes humoristas de rádio e TV do Brasil, está semi-aposentado, numa salinha, como produtor do "Programa do Jô". Para ver a falta que anda fazendo o criador do Primo Rico & Primo Pobre, basta conferir o constrangedor nível das praças e zorras que povoam nossa TV.
Penso no Max (e preciso urgentemente da ajuda dele para desenvolver os sketches) toda vez que os humoristas involuntários e o acaso criam novos bordões e até mesmo novos personagens, como o Mochileiro do Planalto.
Gorducho, barbudo, bom de copo e bonachão o Mochileiro do Planalto usa, por baixo de uma faixa verde-amarela, uma camisa de turista (daquelas com desenhos de flores), e invariavelmente está segurando suas malas e sacolas, repletas com os adesivos dos países visitados. Sempre conferindo ansioso o horário do embarque nas passagens, o Mochileiro é admoestado por um assessor (um ator coadjuvante, que lhe servirá de "escada"). O estressado e engravatado aspone lembra ao descontraído Mochileiro dos muitos abacaxis e batatas quentes que pululam país afora:
"Mas presidente, a CPI, presidente..."
O Mochileiro dá uma risadinha sarcástica e cutuca seu "papagaio-de-pirata" (um coadjuvante afro-magrinho, de paletó, sarongue e cabelo rastafari), que começa a dançar. A câmera dá um close no mochileiro, que faz uma cara daquelas que só o Paulo Silvino é capaz de fazer e solta o seu bordão:
"Olha pra minha cara. Vê se eu tô preocupado..."
Ah, Max! Pense na minha proposta. Aguardo resposta urgente, enquanto não cancelam as passagens do Mochileiro.
Assim que Max Nunes bater no andar aqui de cima, vou convidar o velho craque do humor para ser meu ghost-writer, literalmente. Max, o último remanescente dos grandes humoristas de rádio e TV do Brasil, está semi-aposentado, numa salinha, como produtor do "Programa do Jô". Para ver a falta que anda fazendo o criador do Primo Rico & Primo Pobre, basta conferir o constrangedor nível das praças e zorras que povoam nossa TV.
Penso no Max (e preciso urgentemente da ajuda dele para desenvolver os sketches) toda vez que os humoristas involuntários e o acaso criam novos bordões e até mesmo novos personagens, como o Mochileiro do Planalto.
Gorducho, barbudo, bom de copo e bonachão o Mochileiro do Planalto usa, por baixo de uma faixa verde-amarela, uma camisa de turista (daquelas com desenhos de flores), e invariavelmente está segurando suas malas e sacolas, repletas com os adesivos dos países visitados. Sempre conferindo ansioso o horário do embarque nas passagens, o Mochileiro é admoestado por um assessor (um ator coadjuvante, que lhe servirá de "escada"). O estressado e engravatado aspone lembra ao descontraído Mochileiro dos muitos abacaxis e batatas quentes que pululam país afora:
"Mas presidente, a CPI, presidente..."
O Mochileiro dá uma risadinha sarcástica e cutuca seu "papagaio-de-pirata" (um coadjuvante afro-magrinho, de paletó, sarongue e cabelo rastafari), que começa a dançar. A câmera dá um close no mochileiro, que faz uma cara daquelas que só o Paulo Silvino é capaz de fazer e solta o seu bordão:
"Olha pra minha cara. Vê se eu tô preocupado..."
Ah, Max! Pense na minha proposta. Aguardo resposta urgente, enquanto não cancelam as passagens do Mochileiro.
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