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24 maio, 2005

Frangos loucos
Por irmão Paulo

Image hosted by Photobucket.comHá quem ache que nunca houve tanta gente iletrada no mundo. É um erro. Há mais gente letrada hoje do que em qualquer época da humanidade. Ocorre que, numa inversão abominável da norma de seleção natural, as turbas iletradas, ao invés de serem escravizadas, têm acesso ao mercado e, em muitos casos, definem o jogo e o nivelam para baixo. Como já disse alhures.

Em 1990, era preciso uma audiência de 30 milhões de espectadores para fazer uma novela americana ser rentável. E não acredito que haja 30 milhões de pessoas cientes do mundo, ergo, a maior parte de tudo que é feito é feito para a criatura mediana, para os iletrados pagantes.

Com a explosão dos novos meios de comunicação e divulgação virtual de pensamentos (que na maioria das vezes não ascendem à condição de idéias) os iletrados adquiriram um espaço para exposição das próprias deformações, produzindo eles mesmos o lixo de que precisam, alimentando-se uns do regurgitar dos outros. Vibrando ao lerem aquilo que já conhecem (que é uma reação de empatia clássica) e execrando o desconhecido, no estilo franga-louca.

E não adianta Fran Pacheco me pedir calma, pois o meu espaço, neste espaço, defenderei com unhas e dentes contra essa grotesca escumalha iletrada, deselegante e irresponsável que, por mim, pode ficar onde sempre esteve.

Ps. 1. Não há céu mais lindo ou mar mais cálido que o do Ceará.

2. Gostei da idéia do pôste abaixo. Seguindo a moda do tempo real, poderia ser instalada uma câmera que transmitisse, minuto a minuto, o processo de saponificação de Roberto Jefferson.