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23 maio, 2005

Abolição, já!
Por Fran Pacheco

‘Stamos em pleno mar de lama.
Castro Alves atualizado

Uma das práticas mais nefastas, retrógradas e deletérias deste país é o PTB. Está na hora de os grandes vultos da pátria tomarem a frente de um novo movimento abolicionista. Pela abolição do PTB. Não há mais tempo nem dinheiro público a perder. No além-mar, as nações liberais e desenvolvidas caçoam de nós, à boca pequena: “Aqueles selvagens brasileiros... Ainda praticam o PTB. Tsc. Tsc.”

O PTB foi parido pelo ditador Vargas. E devia ter morrido com ele. Sábios eram os velhos egípcios: quando o faraó vestia o sarcófago, seus correligionários iam juntos para a tumba piramidal. Assim devia ter acontecido com o PTB, ao tempo justo, quando Don Vargas disparou aquele tiro no Catete e virou carta-testamento.

Mas, para vergonha de toda uma nação, não nos alforriamos, e a prática do PTB persistiu, de forma explícita - e já conta com quase 60 anos de conchavos, maracutaias e perfídias nas nossas costas. Sua gula de poder sobreviveu a tudo, até à operação de redução de estômago do Roberto Jefferson (que, enfim despido do corpo de gordo, pôde adequar-se à máxima rodrigueana: “todo canalha é magro”).

Proponho sanarmos tal erro histórico, antes que nossa moral remanescente seja corroída irreversivelmente pela mácula melanomatosa do PTB. Proponho um grande ritual cívico. Uma apoteótica inumação do PTB. Coloquemos todos, o arquimandrita Jefferson e seus pares, todos, trancafiados no mausoléu dos Vargas.

E que lá, entre quatro úmidas paredes, ao lado da ossada do pai-de-todos, que eles loteiem os melhores cantinhos da cripta e pratiquem o fisiologismo entre si e os vermes – seus irmãos, seus semelhantes.