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10 abril, 2005

Cem Dias de Serafim
Por irmão Paulo

Completaram-se os simbólicos cem dias de governo do prefeito Serafim Correa, vulgo Zé Portuga. Tudo ocorreu como se imaginava e está como es espera. A última dentro do Zé Portuga parece ter sido mesmo sua vitória sobre o Capirôto. Seu governo tem sido, té aqui, um circo de horrores, escândalos, erros, arrogância e inatividade.

O início do governo beirou o ridículo. A Administração parada, desinformada e desnorteada, apesar do longo período de transição. Foi autorizada a humilhante divulgação de listas de nomes de pessoas que, no linguajar da imprensa endossado pela Prefeitura, foram os principais "beneficiários" dos pagamentos. Listas infamantes, humilhantes e ilegais, pois que juntaram em um mesmo balaio de gatos corruptos, fantasmas e pessoas de bem. Na lista dos grupos de trabalho supostamente fantasmas constaram até integrantes da nova administração. Total descoordenação.

Em paralelo às listas, à guisa de emergência, calamidade ou seja o que for, Zé Portuga decretou um perpétuo dispensar de licitações, livrando-se dos problemas que elas sempre causam simplesmente não as realizando. Por igual, em paralelo, já se desenrolava a a novela da tarifa de transporte coletivo urbano, com os empresários puxando para um lado, os trabalhadores para o outro e a Prefeitura equilibrando-se no cabo de guerra.

Zé Portuga levou a primeira enrabada do governador Eduardo Braga ao deixá-lo pai da manutenção provisória das tarifas, por conta de renúncia fiscal do ICMS do diesel. Levou a segunda quando Braga introduziu o néscio Chico Preto na Presidência da CMM e, por fim, levou-lhe a última, agora ao final da novela da tarifa, ao abrir mão de tributos que, junto com a renúncia estadual, serviram apenas para manter a tarifa no preço atual, mas com descontentamento de ambos os lados. Perdeu a oportunidade de parar para acertar e não vai mais assumir o controle do negócio.

As ruas da cidade, num fenômeno impressionante, transformaram-se em tábuas de pirulitos, em alguns lugares há buracos que são a própria rua. O fluxo de serviços na área da saúde foi diminuído e a Secretaria, nesse perverso e lusitano centralismo administrativo, demora meses para atender solicitações básicas das unidades.

Em sinal de desprezo à legislação, determinou a montagem de um esquema com o Banco do Brasil, ao arrepio da Lei porque excludente dos demais bancos que poderiam prestar tal serviço, que envolve a impressão de carnês e o pagamento centralziado do IPTU nas agências daquele Banco. Determinou a celebração de convênio com o Sebrae objetivando, absurdamente, a cessão de dois funcionários daquele estabelecimento para atuarem como secretários, envolvendo nesse convênio, inclusive, um ignóbil repasse financeiro.

Agora, com a ficha caindo, parece ter percebido que a Prefeitura está quebrada e que o choque de gestão, por ele prometido, não ocorrerá. Começa a chegar-se, primeiro administrativamente, para o lado do governador que, por sinal, vai custear-lhe dois viadutos (que eram compromisso do Amazonino, não seu) e outros sonhos mais. Em breve, no meio do caos de sua administração, deverá facar-se com a fatura da Crítica. Esse pagamento eu quero ver.