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13 março, 2005

Província
Por irmão Paulo

É certo que o velho Chico, não o rio a ser estuprado por Ciro Gomes, mas o compositor, meteu-se, ao pensar com a cabeça de baixo, numa bruta armadilha promocional armada pela morena, não tão bela e nem tão nova, e seu marido músicorno, um tal de "Bomba"que é um amor de pessoa, segundo seus amigos da Revista Veja, o orgão de imprensa da famiglia Civita.

Já é possível encontrar, com destaque, na página da mesma Veja na internet um link para ouvir músicas do Duna, o musicorno. Fran já disse, parafraseando alguém, que perto do Chico Buarque todo homem é um corno em potencial. Veja você que o Duna, ainda segundo a Veja, é dono de um estúdio frequentado por Chico há vinte anos. E teria afirmado que Chico sempre assediou sua, digamos, esposa. Como a citada fêmea anda pela casa dos 35, acaba-se de descobrir mais uma faceta dos velhos olhos verdes - a pedofilia.

Todo mundo ganha com isso. O velho Chico vai às páginas dos impressos e aos programas de fofoca, a morena ganha seus minutos de fama e o musicorno uma chance de mostrar ao grande público que é mais que um par de mansos chifres e que, dentro de si, também bate um coração de músico. Mesmo que musicorno.

Toda essa discussão é estéril e típica de província. Fidelidade no casamento é algo que não existe. Talvez nunca tenha existido. Se todos mentimos sobre sexo, dou de barato, inclusive, que as mulheres traem muito mais que os homens, que contentam-se com suas fantasias masculinas, repetidas à náusea aos outros machos, enquanto suas esposas fornicam alegremente nos motéis do mundo. Todas as grandes traições amorosas da literatura foram perpetradas por mulheres. Pois, como diz o ditado que já não lembro na íntegra, mulher quando quer dar, ninguém segura.

Ocorre-me, agora, que os governos deveriam instituir e garantir, de pronto, o exame de paternidade (DNA) para os filhos havidos na constância da casamento. Já que a natureza nos tirou a capacidade de reconhecê-los instintivamente. O outro ditado, machista mas repetido às escancaras por nossas avós é os filhos de minhas filhas, meus netos são. Os de meus filhos, são. Ou não.

A golpista divulgou, buscando manter sua dignidade pública talvez, ou prolongar o assunto, nota afirmando que divide o teto com o musicorno mas não, como diria, o conhece mais. Ridículo. Uma autêntica Bovary não faria isso jamais. Mas não se fazem mais adúlteras como antigamente. Libertinas selvagens, espontâneas e, por isso tralvez mais legítimas, deram espaço a fodedoras angustiadas. Versões grotescas de adúlteras respeitosas e essas não servem pra nada.

É duro admitir, mas as mulheres têm essa capacidade de mentir durante longo tempo. Têm a capacidade de deitar-se com o marido no mesmo dia em que se deitaram com o amante, para explicar uma gravidez, que de outro modo seria inexplicável. homens não fazem isso. Lavam-se, limpam-se e jamais conspurcam o corpo da mulher amada com fluidos de uma vadia qualquer. Não sei o que acontece hoje em dia. As coisas estão estranhas. Um sujeito solteiro, beijando uma signora casada na praia causa o maior furor, enquanto a imprensa se ocupa disso, eu ao terminar de escrever e você, leitor amigo (ironia), de ler este texto, teremos deixado morrer de fome algumas crianças brasileiras que irão engrossar os números normais do Ministro da Saúde.