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11 fevereiro, 2005

Musas de antanho, hoje e sempre
Por Fran Pacheco

Entre 1898 e 1905, publiquei na prestigiosa Gazeta Anarchista de Manicoré - um jornal sem direção, a rumorosa relação anual das "Certinhas do Fran", com o top-five das mais destacadas beldades da temporada. Consta que quando o jornaleco chegava à Capital Federal, as sessões do Senado, no Palácio Monroe, eram prontamente suspensas. Ruy Barbosa-Barbosa, o marechal Herpes da Fonseca e o dr. Ô Crides! da Cunha, famoso atirador vesgo, eram alguns dos ilustres leitores não-declarados da coluneta. O lançamento se dava em concorrida cerimônia na Manáos Harbour, então propriedade de Charles Albert De'Carli & Sons. A animação dyonisíaca ficava por conta do jovem Zé Celso Martinez Corrêa. Após 20 anos sem pagar a conta da tipografia, do buffet, da claque e dos capoeiras que zelavam pela segurança do evento, tive que encerrar minhas atividades e fugir por uns tempos da praça.


Violetta Bertha-Beauregarde, heptacampeã da coluna. Conheceu tio Fran em mil novecentos e pouco, quando o Piauhy ainda se escrevia assim. Introdutora da massagem cossaca no Brasil (popular "arranca-osso"), acabou por fazer um estrago no ditador Obdúlio Vargas e foi deportada pelo Estado-Novo de volta para a Prússia. Além de musa, atuava como minha guarda-costas pessoal.

Com o advento da mediunidade digital, eis que posso esboçar a retomada daquela saudosa coluna, em grande estilo, com a futura musa do verão no hemisfério norte:

A Certinha do Fran de 2005

Camilla Parker-Bowles, nova Duquesa da Cornualha (é sério). Prodigalizou encantos tais que o futuro Ray Charles de Inglaterra abdicou do Leito de Diana e levou o Império Britânico à broxada final.
(Foto de J.R. Durão).