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15 fevereiro, 2005

Ele e o Boto
Por irmão Paulo

Em relação ao Governo Lula, quem está aliado não quer sair e quem está fora quer entrar. Salvo o PMDB que ficou na manha, pra ver se conseguia, como conseguiu!, mais uns pirulitos. Mas, como disse o poetinha da língua e do dedo, quem diz “Vou, não vai, porque quem vai mesmo não diz”. Vai. E o PMDB não apenas não foi, como permaneceu com a Presidência do Senado e com um Ministério torto para Roseasa do Ribamar. Na oposição só mesmo quem não conseguiu uma chance governista, sonha em voltar ao comando (pessedebestas).

O que muito se fala é no ingresso do Governador do Amazonas no PMDB. Se for mesmo, precisa fazer bem feito, entrar por cima para não ser a última vítima do Boto, pois este não perdoa: mata. Vide o que fez a Samuel Hanan que, pretensioso, ficou dando alfinetadas públicas no velho cacique esquecendo que o boto não alfineta, usa logo uma chave de fenda.

Se ingressar nas fileiras peemedebistas, o Governador deve rejuvenescer urgentemente o Diretório Regional, presidido há meio século pelo Boto, estirpando dele a horda de gilbertistas viscerais que o compõe e que, no frigir dos ovos, rezam pela cartilha do cetáceo e que permitiram, ainda recentemente, o mencionado esquartejamento político de Samuel Hanan. Domina o diretório, anotando a inusitada ausência de Gilberto "Taenia Saginata" Miranda: João Thomé Verçosa de M. Raposo (filho), Alberto José Aleixo (aspone), Miguel Capobiango Neto (sobrinho), Roberto Cohen (empregado), Antônio Bentes Pacheco (subalterno), José A Verçosa de M. Raposo (filho), Paulo Renato A. Girardi (sócio escuso) dentre outros, basta investigar no site do partido.

Com um time desses não dá pra brincar. Eduardo Braga não pode repetir o erro de Hanan, neófito e arrogante, que pretendia contrapor-se a Amazonino e ao próprio Gilberto, utilizando-se do partido deste. Gilberto e a Abelha mestra, no final das contas, se entendem bem - sempre se entenderam. Um paga o outro recebe, e vice-versa, e terminam no mesmo barco. Nem que seja para afundar juntos, como na última eleição. Como, sabe-se, as questões com o boto se resolvem na base do cifrão, basta que Braga se disponha a pagar e compre de vez o partido por aqui, com a porteria fechada e com todos os cargos do diretório.

No PPS o governador não fica, sob pena de precisar de culhões de touro para agüentar Roberto Freire a patrulhar-lhe os movimentos. Roberto Freire, como se sabe, tenta urdir, junto com dois outros desocupados (Jefferson e Heloísa) uma trama nacional para oferecer ao pOvo uma candidatura de esquerda. Na verdade, o que essa gente sabe fazer é vender ilusões.

Jefferson Péres é o exemplo acabado do oportunista, aproveitador e ingrato. Colou-se a Eduardo Braga, que deu-lhe casa comida e roupa lavada, viabilizando sua eleição para o Senado e, nem bem aprumou-se em Brasília, tratou-se de vestir-se de oposição para continuar no auto-intitulado papel de pregador no deserto, de dom quixote impotente diante da iniquidade da política, esquecendo-se, ao estilo Itamar Franco, de que como Senador da República não lhe é mais permitido reclamar sem tomar iniciativas práticas. Jefferson não é apenas o Sen. Gafanhoto, é a praga do Egypto inteira.

Eduardo que se cuide, pois há uma horda de insetos rondando sua cadeira e o ataque já tem tempo certo para ocorrer: 2006.