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11 janeiro, 2005

Para Cristina Calderaro et caterva
Por irmão Paulo

“Hoje, você é quem manda. Falou, tá falado e não tem discussão. A minha gente, hoje, anda falando de lado e olhando pro chão, viu!? Você, que inventou esse estado e inventou de inventar toda a escuridão; você, que inventou o pecado, esqueceu-se de inventar o perdão.
Apesar de você, amanhã há de ser outro dia! Eu pergunto a você: onde vai se esconder da enorme euforia? Como vai proibir quando o galo insistir em cantar? Água nova brotando e a gente se amando sem parar!

Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro! Todo esse amor reprimido, esse grito contido, este samba no escuro. Você que inventou a tristeza, ora, tenha a fineza de desinventar! Você vai pagar, e é dobrado!, cada lágrima rolada nesse meu penar.
Apesar de você, amanhã há de ser outro dia! Inda pago pra ver o jardim florescer, qual você não queria. Você vai se amargar vendo o dia raiar sem lhe pedir licença. E eu vou morrer de rir, que esse dia há de vir antes do que você pensa!

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia! você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia. Como vai se explicar vendo o céu clarear de repente, impunemente? Como vai abafar nosso coro a cantar na sua frente?Apesar de vocês, amanhã há de ser outro dia! E Você vai se dar mal etc. e tal.”
Com os afetuosos e sinceros cumprimentos do irmão Paulo