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06 dezembro, 2004

Lulou Geral
Por irmão Paulo

Todos e tudo navega ao sabor dos ventos da opinião pública e dos resultados formais dos governos. Veja-se o interessantíssimo comportamento da grande Mídia Nacional. Até os setores tradicionalmente anti-PT ou anti-Lula estão usando essa tradição para revestir de credibilidade a Lulanização recente.

Veja Lulou de cabo a rabo. A Rede Globo, inclusos as rádios, jornais e revistas do grupo, Lulou há muito. Rede Record, tendo como ápice do neo-lulismo o jornalista Paulo Henrique Amorim, Lulou até a última gota da medúla. no Amazonas, todos são Lula. Chega a ser ridículo e, mesmo, suspeito.

Assiste-se uma engenharia política visando manter o PMDB no governo Federal e reaglutinar aliados dispersos pelas circunstanciais eleições municipais. Vale tudo para viabilizar o tempo de TV do Presidente-já-candidato. Só não vale perder.

Nas ondas dos resultados obtidos por Palocci, o que só ressalta - na figura do Presidente e do Ministro - a tradicional obstinação petista em relação a seus pontos de vista (outro exemplo é a obsessão do Senador Marta - o verdadeiro Mogadon de Eduardo - pelo projeto de renda mínima). Agora, tudo são rosas. Fernando Henrique, o patife, prevendo a calmaria tenta fazer marola e desmumificar os confrades, mas em vão. Cada estrela tem sua trajetória e seu interesse, foi desautorizado por Aécio Neves e Geraldo Alckmin que, governadores de Estado dependentes do Governo Federal, não podem iniciar a campanha antes do tempo, sob pena de verem as torneiras petistas se fecharem. FHC, sem notar como todo narcisista, exibe seu rabo multicor, como todo pavão, a uma platéia vazia.

Enquanto isso, Lula é a figura mais exposta na mídia. Continua se comunicando com a população. Continua mantendo sua aura de honestidade e de homem com bons propósitos. Divulgou, agora, um dito documentário de seus dias de campanha. Muito oportuno, já que a campanha está se aproximando, é preciso mostrar como era esse homem antes do poder. É preciso mostra-lo cortando cabelo no bairro, antecipando (o que afasta a acusação de estelionato ideológico) a política econômica, agora que ela mostra seus resultados. Chorando, bebendo, sentado no chão. Enfim, Lula volta a ser gente. O documentário foi uma sacada de gênio.