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30 dezembro, 2004

Leviatã, Leviatã, abre as asas sobre nós
Por Fran Pacheco

Que o Estado brasileiro é um monstro devorador das nossas pobres merrecas, isso você já sabia. Saiba agora que ele também voa! E muito. Mais que urubu. Neste ano moribundo, o Executivo, Legislativo e Judiciário torraram R$ 1 bilhão em passagens e hospedagens. Incluída a conta do viajante-mor, o Efelentífimo, em sua fantástica volta ao mundo. Excluídas farras municipais (como a esticadinha de nossos vereadores no Nordeste) e estaduais (como a caravana do governador do Paraná, Roberto Requeijão, a Noviorque).

Os barnabés não viajam e se hospedam tanto desde 95. Talvez para incentivar o setor hoteleiro. Talvez para dar uma forcinha às companhias aéreas, mega-sonegadoras de impostos e contribuições previdenciárias (o que teoricamente as impediria de fornecer produtos ou serviços para órgãos públicos).

Tantas horas de vôo renderiam ao Governo uma senhora milhagem. Renderiam. Para completar o bom negócio para as empresas aéreas, nem um milímetro de milhagem é repassado para a União. Nem a União faz questão. Os recursos públicos, quando a serviço da pequena (nem tão pequena assim) casta estatal (nem tão casta assim), sempre abundam.