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18 novembro, 2004

Djavaneando
Por Fran Pacheco

Estou seriamente propenso a baixar no Show do Dijavã, neste sábado, desde que Hedozinha e Stellita topem fungar no meu cangote, em revezamento, enquanto me delicio com os meus versos metafísicos favoritos (sintam a profundidade):

Açaí, guardiã
Zum de besouro um ímã
Branca é a tez da manhã.

A todos os fãs e incautos que lotarem o evento, um conselho: fiquem alertas, e vejam se aquele no palco é o próprio "Homem que Fala Djavanês" ou seu fiel escudeiro, Jorge Versículo, camuflado de Whoopi Goldberg. O Dijavã verdadeiro é um bom sujeito. Fez muita coisa boa. Mas também fez esses lapidares versos românticos:

Tudo que Deus criou pensando em você
Fez a Via-Láctea, fez os dinossauros...

Experimenta cantar isso pra tua pequena, no Museu de História Natural, defronte à ossada de um pterodáctilo. Vai pintar um clima, com certeza, mesmo que seja de filme kung-fu.

Mas, a bem da verdade, o que eu quero mesmo é curtir a mais profunda música do cancioneiro brasileiro. Descobri essa pérola por indicação do blogueiro Ruy Goiaba. O nome da obra é "Obi". Vou usar de todos meus poderes espirituais para induzir o menestrel a cantar esses versos imortais para o público baré:

Obi
Obi, Obá
Que nem zen, czar
Shalon Jerusalém, z'oiseau
Na relva rala
Meu arerê
Tombara
Ali, Alá
Logo além
Nem lá
Logum
Pra cá ninguém faraó...


Pára! Vou parar, antes que meus finados neurônios entrem em curto e os leitores mais empolgados peguem o seu sarongue, fiquem odara e saiam por aí querendo devorar Caetano. Ou não.