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14 outubro, 2004

Se fores capaz de negar, negar e negar...
Por Fran Pacheco

"...Então, meu filho, agora és um Político!"

Disso pode se orgulhar o Senador Virgillius Nectus, após o pedido de desculpas de seu "tesouro", Virgillius Bisnectus, o Moço, no palco da Assembléia Legislativa. Bisnectus desculpou-se humildemente perante seus pares, por não ter feito bundalelê no Ceará, por não ter apresentado a régia buzanfa na delegacia como testemunha de defesa, não ter dito que seu relógio valia mais do que a delegada, não ter tomado um porre homérico, não ter agredido um turista holandês no hotel, não ter urinado na rua, não ter jogado latas de cerveja em transeuntes muito menos ter tentado atropelar um incauto, ainda que de brincadeirinha. Tudo isso teria sido uma alucinação coletiva, amplificada pela polícia cearense e pela mídia nacional (todos petistas) interessados em calar a voz do tribuno Virgillius Nettus, o Destemido.

Bisnectus, o Diamante (essa é da lavra do Liberman Moreno), pediu perdão à sociedade por ter, única e exclusivamente, levantado a voz (um pouco acima do tom) para um truculento guarda que estaria perpetrando uma arbitrariedade contra um amigo indefeso. Quanta humildade! Subir à tribuna para se escusar por tão pequeno excesso, cometido com o ímpeto genético de um guerreiro highlander ainda imberbe, na flor da idade!

Sempre relembrando o clã a que pertence, o jovem Príncipe Valente finalizou a "retratação" com o desejo de "um dia ter a bunda, perdão, o nome gravado na Galeria de Honra da Assembléia!" Comoção geral entre os pares. Só faltaram as flores serem jogadas no palco e os nobres deputados gritarem: "Bravo! Bis! Bis! Mostra! Mostra!"

Pelo menos nos anais do folclore político regional ele já foi introduzido. E aqui se encerra o batismo de fogo da nova liderança que este abonado País das Amazonas ganhou.

"...És um político, meu filho! Pode comemorar! Pena que a Okotberfest já tenha terminado..."