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31 outubro, 2004

Obituário da Abelha
Por Fran Pacheco

"Adoro ler obituários. Sempre encontro agradáveis surpresas."
Fernando Sabino (R.I.P.)

Falleceu neste dia de las brujas, 31 de outubro do ano da graça de 2004, aproximadamente às dezenove horas e trinta minutos, na sede do TRE em Manáos, a candidatura do sr. Amazonino Armando Mendes, vulgo Negão25, abatido, ironicamente, por 25 mil votos de diferença a favor de Serafim Corrêa, vulgo Sarafa. Deixa órfãos dezenas de xerimbabos, de diversos quilates, espalhados pelos quatro cantos da administração pública.

A coroa de flores havia sido encomendada com antecedência por seu discípulo Sabino Pozinho Branco, responsável pelo arquipatético Caso Soraya. Na fita da coroa foi inscrito o valor do IPTU devido por Amazonino, revelado por Sarafa no debate da Globo. Os pregos no caixão foram providenciados pela Polícia Federal, que calou a boca-de-urna, último (e milionário) remédio possível para evitar o óbito.

Não comparecerá ao enterro o governador Aliviado Braga, salvo de bancar as delirantes idéias de seu fallecido padrastro, através da abortada "Ação Conjunta Paga pelo Governo".

Durante os meses de luto seguintes, os discípulos da Abelha que infestam a Prefeitura Carijó cuidarão de homenageá-lo raspando o tacho do erário e triturando a papelada comprometedora. Grande quantidade de Cherokees será adquirida por subalternos, nesse período.

O féretro sairá na barca Amistad, de dois milhões de dólares, rumo ao Inferno, conduzida pelo barqueiro Caronte e protegida pelo cão Cérbero. Paulo Salim Maluf está no aguardo e já se dispôs a servir de cicerone.



Post Scriptum de filme de terror B.
O cadáver político, embalsamado no caixão, abre os olhos (em close) e ouvimos seu riso satânico: "Ahahahah! Dois mil e seis! Dois mil e seis!"


FIM