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30 outubro, 2004

O Debate
Por irmão Paulo

Os candidatos se fizeram presentes, mediados por uma bela jornalista, Daniela Assayag. A primeira vez que vi Daniela, e só agora ligo o nome à pessoa, foi na persona de cunhã-poranga do Boi Caprichoso – o azul. Belíssima, forma e formas perfeitas, cavalgando um cetáceo que girava, como girou, ao longo de toda a encenação. Ela, portanto, passou metade da apresentação de cabeça para baixo, o que destacou o fato de que ela estava com tudo em cima.

Daniela estreou validamente a participação de profissionais manauaras em programas exibidos em rede nacional. Já freqüentou o mais importantes jornalísticos e informativos do Brasil, sempre com reportagens simples, claras e confiáveis. De fato, não surpreende que tenha sido escolhida para conduzir o debate de ontem. Sobretudo diante do fiasco que foi o debate anterior, mediado por um ser alienígena que nada sabia da realidade local.

Daniela desincumbiu-se com louvor da tarefa espinhosa que foi conferida à sua competência. Equilibrada, serena, dona do seu espaço, segura de sua condução, conteve os ânimos das bestas em cena. Segundo me contam, Daniela foi casada com um filho do dono da emissora, não sei ao certo a história do fim, mas se estivesse no lugar do sujeito não teria perdido tão bela mulher. Nem por desinteresse, nem por ânsia de exclusividade. Waaal.

Cabelo correto, terninho discreto, de linhas sóbrias e bem cortadas, maquiagem leve, entonação grave e firme, não há como deixar de dizer que Daniela foi a melhor, senão a única, coisa (no bom sentido) boa no programa. Daniela tem uma beleza cabocla, sim, mas ao mesmo tempo clássica, exótica. O olhos afastados, os lábios misteriosos, Daniela poderia ter sido imortalizada por um Miguel Ângelo, por exemplo. Imortalizou-se, em minha lembrança, como aquela mulher linda que, em trajes sumários, cavalgava um boto no meio do rio. E viajava, rumo a nossas mentes e corpos cavernosos.