Pulhas
Por irmão Paulo
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Essa gente vermelha me enerva, em todos os significados do termo. Serafim, por exemplo, que tem nome, aspecto e DNA de dono de padaria deveria tomar vergonha na cara e ir vender baguetes no centro. Evidentemente, sem brio e dignidade como é, mesmo rejeitado inúmeras vezes pelo eleitorado, insiste em sua obsessão – cada vez mais personalista e individual – de ser Prefeito de Manaus. Mas, claro, Serafim tem a cabeça tão dura que nenhuma idéia é capaz de sair ou entrar nela e chama a isso personalidade. Eventualmente se cansa de andar de quatro e fica de pé, numa exibição que meus gatos faziam muito melhor. Pfiu!
Um colega seu quadrúpede, médico e petelho, combinação duplamente infeliz, Deputado Federal pelo Piauí (hahaha) cujo nome de guerra, como se dizia da alcunha pela qual eram conhecidas as prostitutas, é Nazareno Fonteles (foto) apresentou Proposta de Lei Complementar que estabelece o Limite Máximo de Consumo, valor máximo que cada pessoa física residente no País poderá utilizar, mensalmente, para custear sua vida e as de seus dependentes e a Poupança Solidária, denominação de uma conta especial de caderneta de poupança onde será depositada, mensalmente, a título de empréstimo compulsório, a parcela dos rendimentos recebidos por pessoas físicas, inclusive os que estejam sujeitos à tributação exclusiva na fonte ou definitiva, excedente ao Limite Máximo de Consumo. Trata-se do PLP n. 137/2004, à disposição de quem quiser conferir: http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=156281
Imagino o que essa turma faria se tivesse chance real de chegar ao Poder e exercê-lo de acordo com suas venetas. Dou de barato que voltaríamos correndo para as mãos do PFL ou coisa parecida, tipo PSDB, se bem que a essa escumalha talvez não interesse o Poder real. A tranqüilidade, em relação à proposta ao menos, é que sua relatoria, na Comissão de Finanças e Tributação foi entregue as mãos do deputado João Leão, do qual nunca ouvi falar mas que tem o mérito de ser liberal.
Para pulhas, como o Nazareno e o Serafim (que é do partido socialista), melhor é que continuem esvoaçando em torno dos centros de decisão, sem correr o risco de obter real possibilidade de decidir, para permanecerem vendendo sonhos, propondo demagogias inviáveis e prolongando a interminável punheta política na qual vivem e que, ao menos, deve assegurar-lhes uma maleta de dinheiro a cada biênio eleitoral.
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