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13 setembro, 2004

Nada Contra
Por irmão Paulo

Nada tenho contra o Serafim. É um mosca-morta, indolente, apático, sem vida. Agora amigado com Mário Frota e com São Jefferson Peres nos costados é que não vai à frente mesmo. De concreto contra Serafim, pra começar, há as paredes de sua cachola de onde, como disse antes, não entra nem sai idéia alguma que não tenha sido preconcebida há pelo menos 10 anos. Mas vamos à fundo nisso, em relação aos três patetas citados.

Dizem que além da cabeça, Serafim também tem o dedo-duro e não é em decorrência do reumatismo (que numa variante peculiar lhe toma apenas o cérebro), mas em decorrência do hábito da delação, desenvolvido durante os anos de autoritarismo militar – aos quais nunca se refere ele. Frouxo e cagão como é, devia estar metido atrás duma mesa, tratando de obter mais grana para azeitar a máquina estatal dos milicos. Mas, waaal, se a anistia também alcançou os alcagüetes, devemos perdoá-lo? Que mais pode haver contra o Serafim? - um sujeito que nunca fez nada.

Mário Frota é o rei da enganação, como sabemos todos com mais de 30 anos. Perdeu sua grande chance deixando-se roubar por Dom Carlo De Carli (ou ganhou, segundo dizem outros). Seduzido pela possibilidade fácil de Poder, topou ser candidato a governador com o apoio de Amazonino (que ao final morreu nos braços do velho Boto), ataca o cartel dos postos de gasolina mas silencia acerca do escândalo da grilagem de terras no Amazonas, do qual é um dos grandes beneficiários, já que a herança é um direito constitucionalmente previsto. Divide o Partido com Paolo De Carli, filho amado de Dom Carlo e com São Jefferson Peres.

Jefferson Peres, sempre mais sério que cu de touro, talvez seja a Rainha (ou será apenas pai delas?) das dissimulações e demagogias. Cada vez mais parecido com um gafanhoto misturado como o E.T., joga habilmente com as circunstâncias, malabrista que é, equilibrando-se entre a oposição política e o relacionamento fraterno com Amazonino e caterva, incluindo nesta o já mencionado Dom Carlo. Elegeu-se com a esmola que lhe deu Eduardo Braga para, em seguida ao pleito, declarar que ganhou sozinho. Para quem o interesse público está acima de tudo, omitiu-se vergonhosamente de intervir na escândalo do Porto de Manaus, ao argumento de quem tem amigos nos dois lados. É a versão mais acabada do antigo tigre da Esso, um tigre de papel. E querem saber do que mais? Fodam-se.