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27 setembro, 2004

Debate
Por irmão Paulo

O “debate” entre os prefeituráveis foi chinfrin, cafona, sonolento e sem pé nem cabeça, como é, aliás, o programa desse Roberto Mendez, um cretino que não consegue falar coisa com coisa e se confunde a toda hora com o ponto eletrônico que lhe enfiaram, ôpa, no ouvido. Um sujeito que inicia a entrevista com o futuro prefeito de Manaus perguntando sobre astrologia e horóscopo já mostra o que é. Até bem pouco tempo, o horóscopo nos jornais era feito pela turma do esporte, só de gozação. Jornalista e médico são duas raças escrotas mesmo, mas isso é tema para outro momento.

Em termos televisivos, o programa foi uma merda. Cenário inexistente, minimalismo para disfarçar falta de talento e dinheiro, enquadramento vacilante, iluminação peba (deixando os candidatos com faces lustradas e brilhantes etc. etc. Sobre os emblemáticos pedestais, cinco candidatos de oposição. Serafim, cínico, escroto e mentiroso como sempre (esquecendo que já apoiou Alfredo Nascimento), Vacanessa, com novos tom e permanente nos cabelos, omitindo que é apoiada por Alfredo. Plínio Valério, de Antônio Conselheiro. Arturzinho, fantasiado de homenzinho e Herbert Amazonas, a única coisa – é esse o termo – autêntica da noite.

Roberto Mendez, como disse, além de cretino é um veado nojento e medroso. Puxou o saco do Amazonino até este gritar, quando o entrevistou em seu programa. Confessou-se “morto de medo” da entrevista e ficou visivelmente mesmerizado diante da figura do Negão, como as quatro lesas que tentaram sabatinar Amazonino no Roda-viva e das quais sobrou apenas o caroço (os dois episódios são fáceis de explicar, por dois motivos: 1. Cérebros superiores controlam célebros inferiores; 2. líderes de massas, como Amazonino, são seres diferentes, têm um magnetismo pessoal que nós não temos e que os estudiosos chamam carisma) Roberto Mendez é cretino, nojento e criminoso porque na ausência de Amazonino, já tendo sido servil a ele, afirmou que este prestou um desserviço à democracia não indo ao debate da noite de domingo. Nojento, porque a crítica não tem autoridade moral para arvorar-se em promotora da democracia, cretino porque o debate foi um teatro da porra que não serviu para nada e criminoso porque opinou desfavoravelmente acerca de candidato em clara manifestação de posicionamento político próprio e da empresa e em aparente ofensa à Lei Eleitoral.

Plínio Valério, vestindo uma camisa comprada na beira do rio, abotoada até a gola com uma cruz azul turquesa pendente para fora confirmou-se o canalha que se entrevê em sua propaganda eleitoral. Deliberadamente confunde política com espiritualidade, num discurso que é uma mixórdia pastosa e vazia de ecumenismo irrestrito pan-holístico, neurolinguística fajuta e hibridismo político. O Partido Verde não tem doutrina política, dos partidos supostamente ideológicos (coisas de Brasil) é dos que não possuem coluna vertebral, tal como o curso de administração, que é composto por matérias de outras ciências. Sem texto pronto e decorado, Plínio Valério se perde na ausência de propostas e na nítida falta de reflexão acerca da temática urbana. A Paz de Cristo.

Vanessa não caiu na real de que é uma candidata nanica. Na primeira oportunidade que teve de falar, começou lembrando a ausência de seu patrão Amazonino Mendes. Tem que bater no Serafim, a ignorante, que lhe tungou o segundo turno - se segundo turno ouver. De resto, afirmou o caos da cidade (embora seja apoiada e possua um vice que é oriundo do grupo que instalou esse caos) e a capacidade que tem de transformá-la num paraíso. Habituada ao discurso da destruição, não conseguiu adaptar-se ao fato de ser situação. Pobre mulher, mostrou-se perdida. Se fosse um sentimental, seria capaz de votar nela: por pura pena.

Arturzinho, o prefeito de terno, estava vestido de homenzinho. Brincar com a juventude do garoto já é lugar comum, ok, mas então o que se tem para dizer dele? Que mimetiza o pai e, portanto, vai foder-se também?

Sobre o Serafim, já disse tudo que tinha a dizer. Cínico, fabulista, auto-elogioso, dedo-duro, frouxo, egoísta e personalista. Todos eles, incluindo Vanessa et caterva, analfabetos políticos, ignorantes e imbecis jogaram Eduardo Braga, em 2002, nos braços de Amazonino. Como fizeram, no passado recente, esnobando Bernardo Cabral. São um monte de bosta, do qual o cagalhão principal é Serafim. Se ganhar, o que é improvável, vai transformar a cidade numa latrina (para sentir-se em casa) e administrá-la com auxílio dos desdentados de seu partido. Para Secretário Municipal de Educação já lanço um nome: Barbosão. Listo, em outro momento, o resto do secretariado.

Herbert Amazonas, pequeno Herbie, mesmo sendo um sujeito que não serviu nem pra carteiro, emocionou-me com sua espontaneidade. Foi o único que deu nome aos bois. Que falou que a mesma turma se alterna no poder há décadas e que se há caos na cidade, foram eles, enquanto grupo político, que ajudaram a instalar. Ah, Herbert, se ao menos você fosse gente, poderia ser uma experiência interessante, bizarra mas interessante. Mas infelizmente você é um jumento. Então, vá zurrar em outro pasto.

Preciso controlar o ódio que me consome. Vocês não fazem idéia do mal que isso faz a um morto.