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03 agosto, 2004

Novos Collaboradores
Por Fran Pacheco

Finalmente, após exhaustivas negociações na mesa-branca da Fundação Espírita, o editor deste blogue tem a satisfação de anunciar a adesão de dous novos membros ao Club: Cezario Camelo, o popular "Cecezinho" - literato oriundo das barrancas do Madeira - e Stella Maris, nossa afagadora de sacco-mor. Ambos preencheram os requisitos para admissão, sendo o mais importante: estão devidamente desencarnados.

Vamos por partes. Aos currículos, enviados pelos agentes mediúnicos:

"CEZÁRIO CAMELO, o "Cecezinho", nasceu no dia 13 de outubro de 1892, no seringal Oku do Mundo, no rio Madeira, município de Humaitá. Durante a infância, foi parceiro de troca-troca de Álvaro Maia, o "Cabeleira", que morava no seringal Goiabal, ali perto. Diplomado em Psicologia (1912), Mestre em Antropologia Social (1915), Doutor em Ciências Sociais (1919), professor da Escola Universitária Livre de Manáos, mais tarde denominada Universidade de Manáos, poeta, ensaísta, folclorista, cronista, meia-armador do Auto Esporte, jornalista, boêmio, amante insaciável, kardecista, Prêmio Nacional de Folclore Americano do Brasil (1924), Prêmio Sílvio Romero (1935), Prêmio Jabuti (1939), Cecezinho tem diversos livros publicados, entre os quais, Pequeno esboço de um estudo do linguajar caboclo-brasileiro durante o coito (1911), Danças e folguedos folclóricos nas casas de tolerância de Humaitá (1913), Meretrizes, baitolas, tachos & panelas - Historiografia da alimentação brasileira nos seringais (1917), Formação e evolução étnica dos rendez-vous de Manaus (1920), Bailes pastoris ou a concuspicência da carne durante a quaresma (1928) e Vestígios de cultura indígena nos lupanares de Codajás (1931), além de ensaios e artigos em revistas especializadas e na imprensa. Faleceu, de parada cardíaca, no dia 6 de julho de 1974, nos braços de uma quenga do puteiro "Rosa de Maio", em Manaus, depois que o ponta-direita Lato fez aquele gol da Polônia e despachou a seleção canarinho para um desmoralizante quarto lugar, durante a 10ª Copa do Mundo. "

"STELLA MARIS pediu para não revelarmos sua idade (algo entre 100 e 200 anos a supor-se pelo brasão dos "Estados Unidos do Brazil" que adorna seu atestado de óbito). Podemos assegurar, no entanto, que para um ectoplasma ela está "uótima". Patronesse dos simbolistas, depois dos parnasianos e finalmente dos modernistas de Manáos, promoveu as mais concorridas soirées da cidade, no casarão da família na Av. Joaquim Nabuco (perto da Búfalo). Amante das artes, da política, dos artistas e dos políticos, destacou-se desde cedo por seus dotes linguísticos. Autodidata, exímia tocadora de flauta, encantou mais de um vice-governador. Veio a contrair matrimônio com o distinto desembargador Cornélio da Silva Manso. Ao Dr. Manso foi esposa devotada, quando estava em casa, além de legar uma extensa e sortida prole de loirinhos, caboquinhos, mulatos e até japonesinhos, fazendo de seu clã um amálgama das etnias desta hinterlândia amazônica. Falleceu na queda do Zepelim, em data que pediu para não revelarmos. "

Aguardamos ansiosamente a estréia dos novos e terríveis collaboradores. Evoé!

 

1 Comments:

  • At 1:19 AM, Anonymous Anônimo said…

    Obrigado por Blog intiresny

     

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