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23 agosto, 2004

Notas Olympicas
Por Fran Pacheco

Quase Lá
Nossa homenagem ao brasileirinho Roberdt Van Deer Schëidt. Com seu ouro chegamos à 35ª posição no quadro de medalhas das Olimpíadas. Agora só falta uma medalhinha (serve de prata) para ultrapassarmos o Zimbábue (33º) e a Etiópia (22ª).

Livre
Muito bom o 5º lugar da menina Daiane dos Santos. Agora sem a obrigação de ganhar o que seria a "mais certa e por pouco a única medalha de ouro do Brasil", a "primeira de ouro do Brasil na ginástica", a "primeira de ouro individual de uma brasileira", a "primeira de uma negra na ginástica", a "primeira de uma mulher, negra e sulamericana na ginástica" etc etc ela poderá competir tranqüila e ganhar seus torneios livre dos holofotes sanguessugas de plantão.

A Grande Arte
Dizer que o nadador M. Phelps, dos EUA, é um artista da piscina ofende a memória de nosso Mané Garrincha. Phelps é um mutante aquático, um ser produzido para nadar, de movimentos mecanizados, aprimorados por software, alto mas de pernas curtas, o que representa menos peso e deslocamento do centro de flutuação para próximo dos pulmões. Sua envergadura é desproporcionalmente grande, o que torna suas braçadas verdadeiras remadas, com o apoio de mãos espichadas e uma elasticidade fora do normal. Além de seu organismo não produzir ácido lático, responsável pela fadiga, sendo capaz nadar no limite várias vezes por dia. Além de ficar na piscina todos os dias do ano (até no dia de Ação de Graças, quando deglute o peru). Um desses, no sertão do Nordeste, não serve nem para pedir esmolas. Nos EUA, os caça-talentos o pegam desde os 7 anos, dão-lhe hormônio na papinha, robotizam seus movimentos e a aberração se torna superatleta. Vai pra lá, com tuas sete medalhas, anormal. Fico com o Mané, que não era mutante, mas alcoólatra, semi-anão e aleijado, a coluna e as pernas formando um S. Diante dele, 1958, tremeram os gigantes da defesa russa.