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25 agosto, 2004

Amazóniiino
Por irmão Paulo

Conheci Amazóniiino no Four Seasons de noviorque. Amabilíssimo, embora fosse de ostentar. Consumiu uma garrafa do vulgar Petrus, desprezando um Chateau Lafitte que estava na carta há anos. Pelo menos não lavou a dentadura no copo de água.

É um homem fascinante. Tem visão de mundo. Politicamente, é um estrategista. Comentou naquela noite, sem rebuços, que estava preparando a reeleição de Fernando Henrique – tinha não sei quantos deputados. Fiquei com vontade de perguntar pelo castelo na Europa, mas me contive. O homem tava pagando meu Chateau Lafitte 45. E eu, waaal, não sou léso, como se diz por aqui. Planejava, também, um livro de idéias. A julgar pelo discurso, um livro de lendas. Notei-lhe um certo delírio megalômano, um tom messiânico. Lembrou-me alguns amigos meus em crise por causa do brilho, se é que me entendem. Ri à morte.

Revejo seu programa, e sua entrevista ao mancebo, e percebo os efeitos da vida desregrada. O sujeito está à beira da morte. Minha geração dedicou-se diligentemente a destruir a própria saúde. A face lunar denuncia os corticóides ou, em estimação mais otimista, a plástica e o botox.

No domingo retrasado Amazóniiino foi entrevistado na TV baré. Para minha incredulidade, o dono do programa começou perguntando sobre astrologia. Amazóniiino também não acreditou. Gaguejou paca, pra utilizar uma expressão pasquiniana. Mas pareceu, pelo sorriso maroto, que entrou no clima ao dizer que não crê, mas existe. Evidentemente, é preciso ter merda na cabeça para acreditar em astrologia. Edwin Hubble, que deu nome ao telescópio, contou 50 mil sistemas iguais ao nosso. O nosso define? É estarrecedor.

Farsa, como não devem saber os titicos destas bandas é, em tom dicionarístico, uma comédia grotesca. Uma fraudelenta combinação entre os atores para ludibriar os clientes, a começar pela canastrice da encenação. Odóricu, neste aspecto, destoou. Mereceu um Oscar. Evidente ficou que o entrevistador estava a seu serviço. O mediador confessou-se morto d emedo pela entrevista.

A Crítica é um jornal que há décadas se compraz na publicação de excremento em forma de palavras. O Odóricu tem sido seu alvo mais frequente (não digo vítima por causa da carga de inocência da palavra). Escrever de longe é uma coisa, enfrentar o cabra de frente é outra. As perguntas foram habilmente concatenadas, apareceram informações sobre o Odóricu em criança, jovem no seminário, adulto advogado e homem público realizador. Deu-se oportunidade para que louva-se o amor de uma mulher a quem pouco dirige a palavra e com quem não mais co-habita, enfim, foi a festa da abelha.

Nada de propostas para Manaus. Tratou-se de um programa publicitário, onde foi apresentado o novo produto: Amazónino homem. pfiu!

Quem conhece a fera deve saber que hora dessas está no fundo de uma rede. Apavorado pela operação albatroz, que me perdoe o TRE. Operação que lhe ceifou o vice e ameaça retroagir suas buscas aos anos de seu governo. Quero mais é rosetar!, que me importa se a vaca tosse, a mula manca, a jeripoca pia e o cu faz bico? Agora, nada de demonizar o Odoricú e esquecer o, waaal, Alfredo “Zé Borboleta” Nascimento. O nórdestinu capitaneou a mais corrupta administração de todos os tempos. Se é pra chutar o pau da barraca, prefiro mil vezes o Odóricu.

Odóricu, por sinal, vai encher a cidade de creches, já ta prometendo. O que equivale a dizer às tresloucadas caboclas: fodam, minhas filhas, fodam. Amazónino quer compartilhar com a Otalina Aleixo (acho que é esse o nome) a paternidade das putas. Cada um dá o que tem. Amazónino: defensor perpétuo das piriquitas coçantes.

Fora isso, ressaltou que o homem não tem projeto. Tem feeling. Essa história de processo judicial não significa nada. Eu mesmo fui processado por uns imbecis da Petrobrás. Falou-se em dominó, tucumã, mansão no tarumã (mas não se tocou no castelo, nem nos seis kilômetros de litoral em São Paulo). Uma entrevista pasteurizada onde as perguntas (submetidas à prévia aprovação) eram mais deixas ou motes para longas divagações desse Suharto tropical.

Ficou claro também que não houve rompimento entre o vice-governador e a famiglia, o homem simplesmente se evadiu. Ao evadir-se, Omar cumpriu o rito habitual das hostes de Odóricu. Tal qual pele de joelho, em respeito às possíveis senhoras leitoras, vai mas volta. E lá desferiu mais um golpe na Vanessa melanogaster.

Gestapo de Lula


Nova Bandeira da PF

O biográfico Márcio Thomaz “Himmler” Bastos – um dos homens mais perigosos do país - comanda impávido e sub-reptício a Polícia Federal que se transformou, disso ninguém adulto discorda, na polícia política de Lula. Uma Gestapo fajuta, metida a boazinha, mas que vive à sombra do FBI, como sabemos, recebendo informações, doações e agrados em troca da plena liberdade concedida às ações daquele Bureaux no Brasil.

Lula e os Petelhos nunca esconderam a vocação totalitária. Soava engraçado, de certo modo talvez até charmoso ao expectador ingênuo, a veemência e a paixão com que os petelhos defendiam suas teses românticas sobre política e economia. Aquele moralismo exacerbado mostrou-se, apenas, retórico. Hoje a mesma gana é usada para defender doleiros, a mordaça da imprensa e o desabusado Zé Dirrrceu.

Oposição, waaal, acautele-se!