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12 julho, 2004

Espetáculo do Crescimento
Por Fran Pacheco

Suspensão temporária da descrença: o ato de acreditar, enquanto dura o espetáculo, que a encenação no palco é verdadeira.

Os candidatos (do latim candidus - imaculado)cumpriram mais uma formalidade do rito democrático: a Declaração de Bens. Há que se comentar alguns dramas e uma história de sucesso.

O drama mais evidente é do eterno sparring Serafim Correia. Seu patrimônio vem minguando ao longo do tempo. Ele nem tem mais a sonhada casa-própria, pois doou todas as que um dia teve aos filhos. Este homem precisa urgentemente ganhar uma eleição, nem que seja para a conselheiro do América, dada a queda por camisas vermelhas.

Num patamar de IDH mais baixo encontra-se o enfezado Companheiro Herbert, que citou o ex-ministro Armando Falcão e tascou um "Nada a declarar". Ele só tem o corpo.

Ser político (eleito) faz bem para o bolso, pois os demais candidatos seguem o rumo da prosperidade. No futuro, cada cidadão deveria ter direito, por sorteio, a um mandato que fosse. Seria a fase mais rentável de sua vida. O país só teria a ganhar, se tivéssemos por exemplo, mais cidadãos com o potencial de prosperidade de um gênio chamado Amazonino Mendes.

De setecentos mil reais declarados em 98 (Atenção, combinamos acreditar nisso), o cabedal do homem do "A" bateu nos dois milhões e cem mil reais neste 2004. Em números frios, uma taxa anual de crescimento de 20%.

Nem o Brasil do Médici, nem a China consegue tanto. E não me venham com maledicências, pois o gênio caboclo já provou, com todas as letras e cifra$ para os probos coletores de impostos, que R$ 1,5 milhão referentes à sua despojada residência na margem de um igarapé brotaram em seu patrimônio de forma absolutamente legal.

Nós não precisamos de Amazonino na prefeitura. Precisamos deste homem em workshops pelo Brasil afora. "Multiplicando seu patrimônio - uma receita baré". Perto deste self-made-man, Shiniashikis e Laires são rematadas fraudes. Precisamos que ele abra o jogo lance um livro ensinando a ganhar dinheiro, mesmo sem tempo para cuidar de seus negócios. As donas de casa ocupadas vão adorar. Os bancos vão querê-lo não como cliente cobiçado, mas como guru. Precisamos deste homem no lugar dos Palloccis e Meirelles, que nos brindam com taxas negativas (serafinianas) de crescimento. O que ele não faria com a chave do cofre do Banco Central? Obraria maravilhas.

E não me venham com essa de que o seu PIB personal não aumentou. Estamos falando de economia, não de antropologia, senhores! E isso só reforça a minha tese: o povo precisa aprender com Amazonino.