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08 julho, 2004

Acredite nisso
Por Fran Pacheco

Aquele barbado jogando tarrafa no rio, navegando como um verdaderio caboclo em sua canoa (piroga, como diria o Paulo Silvino) é deveras o candidato Verde? Acredito que sim. Naquele momento, diante da câmera, trocou o jet-ski, que é seu meio pessoal de locomoção aquática predilteo, pelo pirogão, decerto alugado de um nativo (que levou o maior calote). 

O candidato verde tem uma fixação pela água. Até seu chalet está sendo erguido à beira de um igarapé, sobre área de preservação ambiental. Tudo verde. O negócio dele é água. Quer desafogar o trânsito do Centro, paradoxalmente, mandando o trânsito para... a água. " Em Barcaças, balsas ou catamarãs, isso a gente vai discutir" (rárárá!).

Que chique seria esta cidade ter um prefeito verde, não? Eu me sentiria um Norueguês, pois que aqueles boiolas quando não estão pensando em se matar, apesar do seguro-desemprego de dois mil dólares mensais, estão mucho preocupados com o aproveitamento energético do lodo das tundras ou com as perturbações no  ciclo menstrual do pangolim de bico preto dos fiords.
 
Verde não era aquele candidato à Presidência cujo tempo tão exíguo só permitia um close do Gilberto Gil dizendo "Sarkiss!" Fala sério, mermão, como diria o filósofo Mano Brown? Ou Carlitos Brown? Que porcaria de partido é esse, tão broxante que nem o Gabeira, o da maconha, companheiro,  aguentou ficar? 

Plínio, tu não me enganas, filho! Não me enganas mais. Tua conversa mole, tua fanfarronice soft é a marca do demagogo de plantão. Aí tem, acredite nisso. Largas a boquinha da vereança, salário bom, jetons melhores ainda, sem precisar fazer (saiam da sala, donzelas) Porra Nenhuma! Exceto, agir sob o mando do teu mestre oculto, Amazonino Mendes, e defender os interesses do supermercado dele, querendo que os franceses (outros veados) só possam construir supermercados pra lá da Ponte da Bolívia (rárárárá!).

Plínio, eu sei que tu não és leso. Tu sabes que nessa eleição até o Arturzito te ganha, mano. Abre o jogo e diz: "Eu não sou verde coisa nenhuma. Eu sou LARANJA. Acredite nisso."