23 janeiro, 2007

E pur si muove!

Um dos últimos orgulhos nacionais está ameaçado. Calma, Cocada, não se trata do derrière da Juliana Paes, que vai muito bem, obrigado. Recebo em última mão a notícia de que um laudo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) constatou indícios acachapantes de fraude nas urnas eletrônicas usadas nas Alagoas, na última eleição.

Não é todo dia que um dogma como o da inviolabilidade da urna brasileira é solapado desse jeito. Isso é coisa para abalar toda uma concepção de mundo, toda uma ferrenha convicção no triunfo supremo da tequinologia tupiniquim.

Vejam o exemplo da fracassada indústria cinematográfica mundial, que investiu milhões de dólares para que o DVD fosse à prova de cópias – e como se sabe um fedelho de 15 anos quebrou o código de segurança dos disquinhos. (O mesmo nerd quebrou dia desses a proteção do Ipod). Já o Bananão arvorava o feito de ter criado o único, sim, o único sistema de informática do mundo imune a fraudes, e estávamos conversados*.

Não se sabe ainda quem são e quantos anos têm os hereges violadores da sacrossanta urna eletrônica. Espera-se pelo menos que sejam maiores de idade, se é que isso serve de consolo (“Tão vendo? Fraudar nossa urna é só pra gente grande!”)

Fica uma lição para os cardeais do TSE: infalível, meus caros, só o Papa**. E olha que ele falha pra chuchu.


(*) Até agora, minha principal restrição à urna eletrônica era a ausência da tecla FDP (“Féla da Puta”) em claro cerceamento à liberdade de expressão do eleitor.

(**) Modestamente não me incluo na lista, pois meu desempenho sexual não está em discussão.

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